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Juiz de caso que envolve Lagarde é acusado de fraude

Lagarde depôs na semana passada perante a Justiça em Paris por sua gestão, quando era ministra de Finanças na Franç


	A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde: Lagarde decidiu em 2007 que um tribunal arbitral privado resolvesse um litígio de vários anos entre o Estado francês e Tapie.
 (Fred Dufour/AFP)

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde: Lagarde decidiu em 2007 que um tribunal arbitral privado resolvesse um litígio de vários anos entre o Estado francês e Tapie. (Fred Dufour/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2013 às 16h28.

Paris - Um juiz que participou na arbitragem do empresário Bernard Tapie que provocou o interrogatório da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, foi acusado de fraude nesta quarta-feira pela Justiça francesa.

Trata-se de Pierre Estoup, um dos três árbitros que decidiu conceder a Tapie uma indenização de 403 milhões de euros e a quem agora a Justiça acusa de um suposto delito de fraude.

A informação foi confirmada pelo procurador de Paris, François Molins, em comunicado no qual lembrou que o magistrado e os outros dois membros de um tribunal de arbitragem estavam sendo investigados também pelo crime de desvio de fundos públicos.

Lagarde depôs na semana passada perante a Justiça em Paris exatamente por sua gestão, quando era ministra de Finanças na França, do litígio relacionado à indenização que o governo pagou a Tapie.

A diretora do FMI evitou a acusação neste caso e só mereceu a consideração de "testemunha assistida".

Lagarde decidiu em 2007 que um tribunal arbitral privado resolvesse um litígio de vários anos entre o Estado francês e Tapie.

A investigação sobre Lagarde pretendia elucidar se a ministra optou pelo mecanismo de arbitragem e renunciou a recorrer aos tribunais comuns contra os interesses públicos para favorecer o controvertido empresário.


Esse procedimento se traduziu, em 2008, na indenização de 403 milhões de euros que o Estado francês teve que pagar a Tapie, depois que os magistrados estimaram que o então banco naturalizado Crédit Lyonnais não atuou de forma leal com o empresário após o empréstimo que lhe concedeu para comprar a marca Adidas.

Na semana passada Lagarde apresentou aos juízes diversos documentos que supostamente provavam que diversos gabinetes de advogados de negócios lhe tinham aconselhado a optar pela arbitragem, embora seus técnicos no Ministério fossem contrários.

A atual diretora do FMI sempre sustentou que não recebeu pressões do governo para optar pela arbitragem, que lhe parecia o melhor mecanismo para resolver um litígio que se arrastava desde meados dos anos 1990. EFE

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