Strauss-Kahn, de 62 anos e pai de quatro filhas, é acusado pelo abuso sexual e tentativa de estupro de uma imigrante africana de 32 anos (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2011 às 22h36.
Nova York - Um juiz de Nova York aprovou nesta quarta-feira um acordo alcançado entre as partes para que o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn viva sob prisão domiciliar até seu julgamento pelas acusações de abuso sexual e tentativa de estupro.
O porta-voz do sistema judiciário do estado de Nova York, David Bookstaver, confirmou nesta quarta à Agência Efe a aprovação da nova prisão domiciliar, mas se negou a dar mais detalhes sobre a localização exata do local que o ex-dirigente não poderá abandonar salvo circunstâncias muito concretas.
Strauss-Kahn estava até agora em um apartamento no número 71 de Broadway, em Manhattan, desde que foi posto em liberdade da prisão de Rikers Island na sexta-feira passada sob uma fiança de US$ 1 milhão e um seguro-caução de US$ 5 milhões.
Inicialmente, o acusado planejava ficar no Bristol Plaza, mas os moradores se opuseram a sua mudança. Diante dessa rejeição, as autoridades penitenciárias decidiram transferir o acusado a um edifício perto do "Marco Zero", propriedade da empresa de segurança Stroz Friedberg, à qual o juiz Michael Obus confiou sua custódia e vigilância permanente e armada.
O edifício de 20 andares conta com uma vigilância intensiva com câmaras de vídeo, apesar do político e economista francês portar uma pulseira eletrônica e ser monitorado todo o tempo por um vigilante armado.
Strauss-Kahn, de 62 anos e pai de quatro filhas, é acusado pelo abuso sexual e tentativa de estupro de uma imigrante africana de 32 anos, em um incidente ocorrido em um hotel de Nova York, e pelo qual terá que se apresentar perante uma nova audiência judicial no próximo dia 6 de junho.
Essas acusações, que ele negou quando apresentou sua renúncia do FMI em carta, implicam em penas de três a 25 anos, e, segundo fontes jurídicas, se for considerado culpado, o político poderá receber uma condenação de até 74 anos.