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Judeus ultraortodoxos protestam contra serviço militar em Israel

Durante os últimos dias foram registrados incidentes em Jerusalém entre os ultraortodoxos, que apoiam os jovens que não se apresentaram às convocações

Protesto de judeus ultraortodoxos: o serviço militar é obrigatório em Israel tanto para os homens, como para as mulheres (Baz Ratner/Reuters)

Protesto de judeus ultraortodoxos: o serviço militar é obrigatório em Israel tanto para os homens, como para as mulheres (Baz Ratner/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de março de 2017 às 16h00.

Jerusalém - Milhares de judeus ultraortodoxos se concentraram nesta terça-feira em Jerusalém para protestar contra a detenção de vários integrantes de sua comunidade que se recusaram a realizar o serviço militar obrigatório ou desertaram.

O porta-voz policial Micky Rosenfeld informou que várias unidades policiais adicionais foram enviadas para as imediações da Rua Bar-Ilan, no bairro de Geula, para evitar distúrbios e que várias ruas foram fechadas nos arredores do núcleo da manifestação.

Durante os últimos dias foram registrados incidentes e detenções em Jerusalém entre os "haredim" (ultraortodoxos), que apoiam os jovens de sua comunidade que não se apresentaram às convocações obrigatórias de alistamento ou que abandonaram as fileiras após iniciarem o serviço militar.

A detenção de um destes insubordinados, próximo do conhecido rabino Shmuel Auerbaj, causou mal-estar especial, que recentemente derivou em distúrbios nas ruas e levou à detenção de uma centena de religiosos que tentavam interromper o desenvolvimento da maratona de Jerusalém.

O serviço militar é obrigatório em Israel tanto para os homens, que servem por cerca de três anos, como para as mulheres, que o fazem durante um período de dois, mas os judeus ultraortodoxos sempre tiveram direito a isenções.

No entanto, em 2014 aconteceu uma reforma da lei, que foi rejeitada por esta comunidade com grandes protestos e os partidos ultraortodoxos que integram a coalizão do governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, tentaram evitar sua aplicação em 2016.

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