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Juan Guaidó convoca três dias de protestos na Venezuela

O líder opositor foi empossado nesta terça como presidente do Parlamento; Argentina afirmou que não o reconhece como presidente interino

Juan Guaidó: líder opositor convocou manifestações para quinta, sexta e sábado (Fausto Torrealba/Reuters)

Juan Guaidó: líder opositor convocou manifestações para quinta, sexta e sábado (Fausto Torrealba/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 20h19.

O líder opositor Juan Guaidó convocou manifestações para esta quinta, sexta e sábado, após renovar nesta terça-feira seu juramento como "presidente interino" da Venezuela como chefe do Parlamento.

"O chamado às ruas (...). Este é o momento de se levantar e agir com força. Vamos nos mobilizar nas ruas nesta quinta, sexta e sábado".

Guaidó também convocou um protesto para a próxima terça-feira, exclamando que "vamos todos juntos à Assembleia Nacional", durante entrevista coletiva concedida em Caracas.

O líder opositor foi empossado nesta terça como presidente do Parlamento, após ser ratificado no último domingo como líder parlamentar com votos da oposição, em sessão que ocorreu sem luz elétrica e à qual militares tentaram impedir sua entrada.

Argentina

Em uma derrota para Guaidó, o governo argentino disse nesta terça-feira que não o reconhece como presidente interino do país, e que revogou as credenciais de seu representante em Buenos Aires.

O novo governo de centro-esquerda de Alberto Fernández enviou uma carta a Elisa Trotta Gamus, que representava Guaidó na Argentina, para notificá-la de que sua "missão especial" na Argentina havia terminado.

Em abril, credenciais diplomáticas foram entregues a Trotta pelo então Ministério das Relações Exteriores do ex-presidente Maurício Macri, de direita. A Argentina, que já tem uma missão diplomática do governo do presidente Nicolás Maduro, havia reconhecido Guaidó como presidente interino da Venezuela no ano passado.

"Ela estava sob o formato de missão especial que o governo anterior havia concedido, não como embaixadora formal da Venezuela. Não reconhecemos Guaidó como presidente, mas como líder da oposição, e baseado nisso, consideramos que não há missão especial de representação", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Argentina.

Em nota à Reuters, Trotta disse que esperava que a Argentina viesse a denunciar violações de direitos humanos na Venezuela.

"Nós respeitamos a soberania das decisões da Argentina. Estamos abertos a todo os tipos de conversas e diálogos que possam surgir com o governo argentino com o objetivo de contribuir com a recuperação da democracia na Venezuela", diz a nota.

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