Mundo

Jovens vítimas de ansiedade climática pedem ação no Congressos dos EUA

Um grupo de jovens vítimas dos desastres climáticos recentes pediram aos legisladores que reconheçam os efeitos dos desequilíbrios do planeta em sua saúde mental

Pesquisadores já alertaram para a particular vulnerabilidade de crianças e adolescentes (Getty Images/Getty Images)

Pesquisadores já alertaram para a particular vulnerabilidade de crianças e adolescentes (Getty Images/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 22 de setembro de 2022 às 20h31.

Reunidos aos pés do Congresso dos Estados Unidos nesta quinta-feira (22), um grupo de jovens vítimas dos desastres climáticos recentes pediram aos legisladores que reconheçam os efeitos dos desequilíbrios do planeta em sua saúde mental.

Em outubro de 2017, Madigan Traversi, uma adolescente da Califórnia, teve que fugir de casa de pijama com a mãe após sentir cheiro de fumaça.

"No dia seguinte, soubemos que nossa casa e nossos pertences haviam sido reduzidos a cinzas" pela passagem do Tubbs Fire, um dos maiores incêndios que já devastaram a Califórnia, conta.

Hoje, essa aluna do ensino médio, de 17 anos, relata que sofre de "ansiedade, depressão e trauma", doenças que muitos jovens ativistas na linha de frente da luta global contra as mudanças climáticas afirmam sofrer.

Junto com uma colega de turma, Traversi escreveu uma resolução, apresentada no Congresso este ano, na qual pedia aos legisladores que tomem medidas efetivas contra as mudanças climáticas com o objetivo de "proteger a saúde mental dos jovens de hoje e de amanhã".

"Há uma compreensão do que está acontecendo aqui" e "os jovens são em grande parte responsáveis por isso", aplaudiu Mike Thompson, representante da Califórnia que apresentou a resolução no Congresso, em declaração à AFP.

Pesquisadores já alertaram para a particular vulnerabilidade de crianças e adolescentes, que enfrentam um futuro marcado por ondas de calor sufocantes, tempestades devastadoras e aumento do nível do mar.

"Estamos ansiosos por nosso futuro, e com razão", disse Giselle Pérez, de 17 anos, co-autora desta medida. "Em 2050, terei 45 anos", e se o Estados Unidos não se engajarem mais na crise climática, "o futuro da minha geração será desesperador", adverte.

Acompanhe tudo sobre:AnsiedadeClimaMeio ambienteMudanças climáticas

Mais de Mundo

Morte do Papa João Paulo II completa 20 anos

EUA anuncia o envio do segundo porta-aviões ao Oriente Médio em meio à escalada de tensões na região

Israel anuncia que eliminará tarifas sobre produtos importados dos EUA

Senador americano protesta contra política de Trump em discurso que já dura mais de 20 horas