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Jovens de países pobres são mais vulneráveis ao cigarro

Os produtores de cigarros expõem a população dos países com menos recursos econômicos a uma publicidade mais intensa e agressiva

Mulher acende cigarro (Marcos Santos/USP Imagens/Reprodução)

Mulher acende cigarro (Marcos Santos/USP Imagens/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 09h40.

Os jovens dos países mais pobres são mais vulneráveis à publicidade das empresas fabricantes de cigarro e correm o risco de ser fumantes prematuros, alerta hoje (1º) estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em geral, os produtores de cigarros expõem a população dos países com menos recursos econômicos a uma publicidade mais intensa e agressiva do que a dos que vivem em países com um nível de vida superior, acrescenta o relatório.

O estudo, que começou em 2005, é o primeiro a comparar os níveis de publicidade das empresas em 16 países.

A data de início do estudo coincide com a entrada em vigor da Convenção-Marco sobre o Tabaco, que, entre outros aspectos, inclui controle rigoroso da publicidade de cigarros.

Os dados mostram que apesar das proibições, a publicidade continuar a ser um aspecto fundamental na adesão de novos fumantes.

Os anúncios dirigem-se especialmente aos jovens, pois está demonstrado que se forem submetidos a uma maior publicidade, começam a fumar antes e continuam a fazê-lo quando adultos.

Uma maneira de atrair consumidores mais jovens é a forma como se vende o produto.

Segundo o relatório, nos países mais pobres mais de 64% das lojas selecionadas vendem cigarro avulso, muito acima dos quase 03% de estabelecimentos que o fazem nos países desenvolvidos.

Essa fórmula de venda permite que as crianças e os adolescentes comprem o produto mais barato, já que, muitas vezes, não podem comprar um maço completo.

O relatório destaca ainda uma queda na venda de tabaco nos países desenvolvidos.

Entre 2009 e 2012, observou-se que as nações mais pobres têm 81 vezes mais publicidade nas ruas que as mais avançadas.

Os peritos da OMS alertam que a publicidade é uma “ameaça iminente”.

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