Mundo

Jovem saudita se tranca em hotel na Tailândia para fugir da família

Com problemas no passaporte, a jovem de 18 anos pede asilo por temer ser morta pela própria família no

Tailândia: a embaixada da Arábia em Bangcoc negou que tenha confiscado o passaporte da jovem (TWITTER/ @rahaf84427714/Reuters)

Tailândia: a embaixada da Arábia em Bangcoc negou que tenha confiscado o passaporte da jovem (TWITTER/ @rahaf84427714/Reuters)

E

EFE

Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 10h21.

Última atualização em 7 de janeiro de 2019 às 10h38.

Bangcoc - A jovem saudita que fugiu de sua família pediu asilo na Tailândia nesta segunda-feira após se trancar no quarto do hotel do aeroporto de Bangcoc no qual está retida à espera de ser deportada por problemas com visto.

Rahaf Mohammed Al-Qunun, de 18 anos, não foi obrigada a embarcar no voo KU412 da Kuwait Airlines que decolou hoje de Bangcoc às 11h39 local (2h39, em Brasília) e por enquanto sua deportação ao emirado, onde ela assegura que sua família a ameaçou de morte, foi atrasada.

"Não saio de meu quarto até que veja a Acnur. Quero asilo", disse Rahaf Mohammed Al-Qunun em um vídeo publicado no Twitter pelo subdiretor na Ásia da Human Rights Watch (HRW), Phil Robertson.

"Peço a todas as pessoas que se encontram na zona de passagem (no aeroporto de) Bangcoc que protestem contra a minha deportação ao Kuwait. Por favor, necessito de todos", disse minutos antes a jovem em sua própria conta na mesma rede social.

Al-Qunun está trancada em um quarto do hotel do aeroporto internacional Suvarnabhumi de Bangcoc, após ser retida, segundo ela e a HRW, no sábado durante uma escala em sua viagem entre o Kuwait e a Austrália por pessoas da embaixada saudita, que confiscaram seu passaporte.

A Embaixada da Arábia em Bangcoc negou que tenha confiscado o passaporte da jovem saudita e afirmou que as autoridades tailandesas decidiram deportá-la após ter o visto rejeitado.

As autoridades da Tailândia comunicaram no domingo à jovem que sua entrada no país asiático tinha sido negada por falta de visto e que seria deportada no dia seguinte (hoje) ao Kuwait, segundo relatou ela mesma à HRW.

Esta organização pediu hoje à Tailândia que não deporte Al-Qunun e permita que a jovem prossiga sua viagem à Austrália ou a permaneça na Tailândia para buscar proteção como refugiada.

Al-Qunun afirmou que sua família a submeteu a vários abusos, incluídas surras e ameaças, e que fugiu se aproveitando de uma visita ao Kuwait, onde não é preciso autorização de um parente homem para permitir que mulheres saiam do país.

A HRW exigiu que as autoridades tailandesas permitam que a jovem entre em contato com a Acnur e que acate a decisão tomada pela agência da ONU para os refugiados.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosArábia SauditaTailândia

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado