Michael Sandford: o incidente aconteceu em 18 de junho de 2016 (Family Handout/Arquivos/Handout/AFP)
AFP
Publicado em 9 de maio de 2017 às 14h57.
Última atualização em 9 de maio de 2017 às 18h22.
O britânico que tentou matar o presidente americano Donald Trump durante a campanha eleitoral afirmou, em uma entrevista publicada pelo jornal The Sun, que ouviu vozes em sua cabeça que o incentivavam a cometer o crime.
Michael Sandford, 21 anos, que passou um período na prisão nos Estados Unidos, mas já retornou ao Reino Unido e está em casa com sua família, tem um histórico de distúrbios mentais.
"Eu estava ouvindo vozes que me diziam para matar Donald Trump", afirmou na entrevista, realizada na casa de sua família em Dorking, perto de Londres.
"Estavam vindo há algum tempo e ficando mais fortes e mais frequentes. Em um momento estavam gritando para mim".
"Meus amigos me falaram que Trump precisava ser parado. Eles diziam que ele iria destruir o país, mas foram as vozes na minha cabeça que me diziam para matá-lo".
"Um dia vi que ele discursaria em Las Vegas e decidi dirigir até lá e fazer algo".
O incidente aconteceu em 18 de junho de 2016, quando o candidato republicano fez campanha na capital do jogo.
Um dia antes, Sandford, que estava nos Estados Unidos para visitar a namorada americana e permaneceu no país por mais tempo do que permitia o visto, foi a um stand de tiros para praticar com pistolas.
No comício, o britânico tentou tirar a arma de um policial, mas foi controlado pelos agentes.
Sandford admitiu os delitos para reduzir a pena e, apesar de ter sido condenado a um ano e um dia de prisão em dezembro, foi liberado antes e já está em casa.
"Estou com nojo do que fiz, mas estou feliz porque ninguém foi ferido", disse.