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Jovem que matou 2 em Moscou queria ver reação das pessoas

Estudante russo que matou duas pessoas e sequestrou 24 colegas chegou armado para ver como as pessoas reagiriam a suas ações


	Moscou: "não queria matar ninguém, queria morrer. Tinha curiosidade de saber o que acontece depois. O que há depois da morte", disse o estudante de 15 anos
 (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Moscou: "não queria matar ninguém, queria morrer. Tinha curiosidade de saber o que acontece depois. O que há depois da morte", disse o estudante de 15 anos (Andrey Rudakov/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 09h37.

Moscou - O estudante russo que matou duas pessoas e sequestrou 24 colegas em seu próprio colégio chegou armado "para ver como as pessoas reagiriam" a suas ações, disse o jovem assassino em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal russo "Izvestia".

"Não queria matar ninguém, queria morrer. Tinha curiosidade de saber o que acontece depois. O que há depois da morte. Também queria ver como as pessoas reagem ao que faço. Vim para me matar", afirmou Sergei Gordéyev da prisão ao famoso jornal russo.

O estudante de 15 anos, que protagonizou o primeiro tiroteio em um colégio na história da Rússia, disse que não tinha intenção de matar o professor de geografia.

"Não tinha problemas com Andrei Nikoláevich (Kirílov, o professor assassinado). Pelo contrário, tínhamos boa relação. Quando se dirigiu a mim lhe disparei, nem sei por que, talvez para que ninguém achasse que não era capaz de disparar", afirmou.

Gordéyev mostrou arrependimento por ter matado duas pessoas (o professor e um policial), mas se negou a responder perguntas sobre seus pais e sobre a espingarda e a carabina de caça que levou para o colégio.

"Arrependo-me de todo o coração, mas não pedirei perdão a Deus, porque não acredito nele. Entendo que vão me julgar e me prender por muito tempo. Não farei nada, mas não deixem uma pistola carregada a meu lado, sei para onde mandar a bala", disse. O colegial deu pelo menos 11 tiros com a espingarda e manteve 24 pessoas sequestradas no dia 3 de fevereiro em uma das salas de aula de sua escola de Moscou, antes de se entregar aos policiais.

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