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Jovem de 14 anos é morto em confronto em Gaza

O jovem Mohammed Madi foi um dos quatro palestinos que morreram nesta sexta durante a Grande Marcha do Retorno na fronteira entre Israel e Gaza

Protestos: segundo o Exército de Israel, cerca de 10 mil palestinos protestam na fronteira (Mohammed Salem/Reuters)

Protestos: segundo o Exército de Israel, cerca de 10 mil palestinos protestam na fronteira (Mohammed Salem/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de abril de 2018 às 15h45.

Última atualização em 6 de abril de 2018 às 15h52.

Jabalya - A morte de um adolescente de 14 anos elevou para quatro o número de vítimas fatais nesta sexta-feira na Faixa de Gaza, três deles por disparos de israelenses durante protestos perto da fronteira com Israel, e um quarto não resistiu aos ferimentos sofridos durante uma manifestação na semana passada.

Mohammed Madi, de 14 anos, faleceu no leste da Faixa de Gaza. As demais vítimas são Majdi Ramadan Shabat e Osama Jamis Qdeih, de 38 anos, e Mohammed Rabba, de 30 anos, segundo o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al Qedra.

O porta-voz elevou para 260 o número de feridos. Entre os feridos está um fotógrafo da EPA, agência que engloba a Efe e outras oito empresas, que cobria as manifestações.

O Exército calcula que 10 mil palestinos marcharam para as fronteiras de Israel com Gaza em cinco pontos e acusou vários deles de tentar realizar "atos terroristas", citando o lançamento de artefatos explosivos e bombas incendiárias.

"As tropas frustraram as infiltrações e estão respondendo com métodos de dispersão de distúrbios, incluindo canhões de água para apagar incêndios, um grande ventilador para dispersar a fumaça e disparos de acordo com as regras de enfrentamento", disse o Exército de Israel em comunicado.

Os jovens palestinos seguem queimando pneus recolhidos ao longo da semana para dificultar a visão de tiro dos soldados israelenses, que têm ordens para não permitir que os manifestantes fiquem a menos de 300 metros da cerca instalada na fronteira.

No entanto, é possível ver que alguns palestinos entraram na região delimitada, sem poder ultrapassar a distância de 100 metros da fronteira sem provocar respostas do Exército, que usa bombas de gás lacrimogêneo para afastá-los da cerca.

No acampamento de Jabalya, Xabi Abu al Yidia, de 22 anos, afirmou que ficou "ocupado" com os feridos ao longo de todo o dia. Outro manifestante, Mohammed Abu Shareq, avalia que as ameaças de Israel fizeram com que menos pessoas viessem participar dos protestos.

"Os israelenses ameaçaram que iam atirar, e as pessoas ficaram com medo. Isso fez com que muitos ficassem em casa", afirmou.

O líder islamita em Gaza Yehya Sinwar foi ao acampamento de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, pediu que os manifestantes continuem com os protestos, que, segundo ele, tinham um clima familiar em algumas regiões.

"Estamos seguindo os passos de Yasser Arafat. As Marchas do Retorno são nacionais antes de tudo, e devemos mantê-las. Gaza não passará fome e não abandonaremos nosso programa nacional. Se a situação explodir, explodirá na cara da ocupação israelense", disse Sinwar.

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