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Jovem brasileira morre em atentado com carro-bomba no Líbano

A madrasta da jovem e pelo menos outras duas pessoas também morreram. Segundo a prima da vítima no Brasil, Nadin Zahwe, os corpos serão enterrados no Líbano

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2014 às 20h25.

Rio de Janeiro - A paranaense de Foz do Iguaçu Malak Zahwe, de 17 anos, é uma das vítimas da explosão com carro-bomba ocorrida nesta quinta-feira na capital do Líbano, Beirute.

A madrasta da jovem e pelo menos outras duas pessoas também morreram. O atentado deixou ainda cerca de 65 feridos.

De acordo com a prima da vítima no Brasil, Nadin Zahwe, os corpos serão enterrados no Líbano. Filha de libaneses, Malak e seus três irmãos, duas meninas e um menino, nasceram no Brasil. Há quatro anos a família voltou ao Líbano por vontade do pai, que queria trabalhar no país. Lá, a jovem levava uma vida típica de adolescente, onde estudava e tinha muitos amigos.

Segundo Nadin, a adolescente e a madrasta saíram para comprar um vestido quando o atentado ocorreu, por volta de 12h (em Brasília). A família da vítima no Brasil recebeu durante a tarde, através da internet, a notícia de que ambas estavam desaparecidas. As mortes foram confirmadas pouco depois.

"Está todo mundo em choque. Era um dia comum e ninguém esperava isso. Ela era doce e os amigos dela estão nos procurando para entender o que aconteceu", disse Nadin em entrevista por telefone à Agência Efe.

Bahjat Zahwe, que é irmão do pai da jovem, contou que as duas estavam dentro da loja no momento da explosão do carro-bomba.

De acordo com Zahwe, depois que soube da explosão, o pai da adolescente tentou por cerca de duas horas e meia falar com a filha e com a esposa. Sem conseguir, ele começou a fazer buscas e as encontrou em um hospital da região.

Os corpos devem ser enterrados amanhã, às 13h30 local (09h30, em Brasília).

O tio lamentou não poder ir ao Líbano a tempo do enterro. Segundo ele, não há vôos para hoje. Zahwe deve embarcar no sábado.

"Nesse momento é tudo muito difícil. Quando recebemos a notícia, ficamos desesperados e gritando", disse, acrescentando que recebeu a notícia por mensagem de texto no celular e passou a acompanhar os fatos pela televisão.

A Agência Efe entrou em contato com o Itamaraty, que afirmou não ter recebido qualquer informação sobre o ocorrido da Embaixada Brasileira no Líbano até o momento.

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