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Jornalistas sofrem agressão em confusão durante saída de Maduro em Brasília

As agressões aconteceram após o chefe de Estado parar na saída do local para dar declarações à imprensa que cobria a reunião dos líderes sul-americanos

Os presidentes Lula e Nicolás Maduro, durante encontro em 2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os presidentes Lula e Nicolás Maduro, durante encontro em 2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 31 de maio de 2023 às 08h30.

Jornalistas sofreram agressão durante uma confusão na saída do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, do Palácio do Itamaraty nesta terça-feira, 30. As agressões aconteceram após o chefe de Estado parar na saída do local para dar declarações à imprensa que cobria a reunião dos líderes sul-americanos.

Episódio de agressão

A jornalista da TV Globo Delis Ortiz relatou ter sido uma das agredidas. Ela teria levado um soco no peito de seguranças que prestavam serviço ao Palácio do Itamaraty e tentavam impedir a aproximação dos jornalistas que tentavam falar com Maduro, segundo o relato da Globo. Pelo menos outros dois jornalistas também foram agredidos.

Pouco depois do ocorrido, o Itamaraty lamentou o episódio. "O Ministério das Relações Exteriores lamenta o incidente no qual houve agressão a profissionais de imprensa, ao final da reunião de presidentes da América do Sul. Providências serão tomadas para apurar responsabilidades", disse em nota.

A Secretaria de Imprensa da Presidência da República (Secom) também repudiou a agressão. "Todas as medidas possíveis serão tomadas para que esse episódio jamais se repita", afirmou.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também se pronunciou e disse que a ação dos seguranças teve o intuito de "garantir a saída segura das autoridades presentes". "O GSI tomará as providências para esclarecer os fatos e verificar excessos na conduta dos agentes encarregados da segurança no evento", declarou.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal disse que não havia estrutura adequada para o trabalho dos profissionais no saguão do prédio, como a disponibilização de um púlpito e organização prévia de posições, e que isso ocasionou o tumulto. "É fundamental que a organização preveja um planejamento mais compatível e adequado em eventos dessa natureza", disse em nota.

O sindicato também pediu ao Itamaraty e à Secom para apurar o caso e se solidarizou com os profissionais. "A entidade também se solidariza com os profissionais agredidos e se coloca à disposição para dar o suporte que venha a ser necessário”, declarou.

Em nota, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudiou o incidente. "A violação à liberdade de imprensa tem de ser apurada com rigor", disse.

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