Venezuela: outras equipes de meios de comunicação também reportaram tentativas de ataques durante as manifestações de segunda (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de maio de 2017 às 09h47.
Caracas - Uma equipe da emissora de televisão "Globovision" e um fotógrafo da Agência Efe foram agredidos nesta segunda-feira enquanto faziam a cobertura das manifestações opositoras em Caracas.
O colombiano-venezuelano Miguel Gutiérrez, fotógrafo da Efe na Venezuela, saía da manifestação a bordo de uma motocicleta quando foi bloqueado junto com seu motorista por um grupo de manifestantes encapuzados, ao mesmo tempo em que tentavam tirar seus equipamentos, segundo seu próprio relato.
Gutiérrez estava equipado com um colete que lhe identificava com letras grandes como jornalista, mas o grupo de encapuzados começou a empurrá-lo e a golpeá-lo com os punhos e com um pedaço de madeira na cabeça.
O fotógrafo tentou defender-se e proteger seu equipamento fotográfico, mas os manifestantes lhe arrancaram o capacete e a máscara anti-gás, causando-lhe uma leve lesão na orelha esquerda.
Nesse momento interveio outro grupo de pessoas, entre eles jornalistas, para deter a agressão contra o fotógrafo e o motorista.
Um dos agressores pediu a Gutiérrez que mostrasse sua identificação como fotógrafo de imprensa e, nesse momento, terminou o ataque.
Por sua parte, o Sindicato Nacional de Trabalhadores de Imprensa (SNTP) informou em sua conta no Twitter que uma equipe do canal de notícias venezuelano "Globovisión" também foi atacada hoje durante a manifestação opositora.
Em um vídeo publicado pelo SNTP nesta rede social é possível ver um grupo de manifestantes insultar e atacar a equipe.
Outras equipes de meios de comunicação também reportaram tentativas de ataques durante as manifestações de segunda-feira.
A oposição venezuelana se manifestou nesta segunda-feira no leste e no oeste da capital para tentar chegar ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), ambos no centro da cidade.
Ambas manifestações foram dispersadas pelos corpos de segurança do Estado, que impediram a passagem destes manifestantes ao centro de Caracas.