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Jornalistas na Líbia são proibidos de deixar hotel

Um porta-voz do governo líbio disse que a presença deles poderia aumentar a violência por parte do que chamaram de afiliados da rede Al Qaeda

Revolta contra Kadafi deixou o leste do país, e cidades em outras partes do país, sob controle de rebeldes (Getty Images)

Revolta contra Kadafi deixou o leste do país, e cidades em outras partes do país, sob controle de rebeldes (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2011 às 09h38.

Trípoli - Autoridades líbias proibiram jornalistas estrangeiros de deixar hotel para cobrir protestos de opositores ao líder líbio Muammar Gaddafi, previstos para esta sexta-feira depois das rezas.

Quando os jornalistas, incluindo da Reuters, tentaram deixar do principal hotel usado pela imprensa, guardas bloquearam a saída.

Um porta-voz do governo disse que os jornalistas estavam sendo mantidos no hotel Rixos, porque a presença deles poderia aumentar a violência por parte do que chamaram de afiliados da rede Al Qaeda.

"São circunstâncias excepcionais. Nós sabemos que vocês falarão sobre isso e vão distorcer do jeito que quiserem", afirmou o porta-voz Mussa Ibrahim.

"Nós estamos nos preparando para pagar o preço por evitar que vocês façam reportagens para evitar que Trípoli se transforme em Bagdá."

Uma revolta contra Kadafi, que está há quatro décadas no poder, deixou o leste do país, e cidades em outras partes do país, sob controle de rebeldes.

Diversos moradores da capital Trípoli afirmaram estar preparando protestos para esta sexta, quando deixarem as mesquitas, e estimavam uma reação violenta por parte de milícias pró-Kadafi.

Cerca de 130 jornalistas estão no hotel e foram convidados para ir à Líbia em uma visita oficial organizada pelo governo. Os seus movimentos são monitorados por autoridades.

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