Caracas - Uma jornalista da rede de televisão privada Globovisión foi encontrada nesta segunda-feira depois de passar oito dias sequestrada, informou um funcionário da polícia de investigações.
"Já em nosso poder (CICPC) a jornalista Nairobi Pinto, sã e salva", escreveu nesta segunda-feira em sua conta do Twitter Douglas Rico, vice-diretor do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC).
Segundo informações da rede televisiva, a jornalista foi encontrada nesta segunda-feira em Cúa, um povoado do estado de Miranda (centro-norte), e encontra-se com autoridades da polícia científica venezuelana.
Pinto é chefe de correspondentes da Globovisión e foi sequestrada no dia 6 de abril na porta de sua casa na presença de failiares e amigos, sem que nunca tenha sido informada uma eventual comunicação de seus captores.
Em 2013 foram registrados na Venezuela mais de 1.300 denúncias de sequestros extorsivos, embora os especialistas afirmem que este número representa uma parte minúscula dos sequestros deste país com quase 30 milhões de habitantes.
A Venezuela, o país com as maiores reservas petrolíferas, tem a segunda maior taxa de homicídios do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Uma das principais ONGs (Observatório Venezuelano contra a Violência) estimou em 79 os homicídios para cada 100 mil habitantes ao ano, embora a estatística oficial seja a metade (39 a cada cem mil).
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1. Profissão de risco
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1/6 (John Cantlie/Getty Images)
São Paulo - A
Síria foi, em 2013, o lugar mais letal para jornalistas do mundo. Por lá, 28 profissionais foram mortos
diretamente por causa de seus trabalhos. No mundo, foram 70 mortes. É o que mostra o levantamento mais recente do
Committee to Protect Journalists, que mapeia os casos de violência contra jornalistas em serviço ao redor do mundo. No top 10, aparecem países em conflitos intensos, como Sìria e Iraque, mas também países vistos como democráticos e pacíficos. É o caso do Brasil, que aparece na preocupante sétima colocação. Alguns números alarmantes:
- 94% dos casos de assassinato ficaram impunes
- 16% dos assassinatos partiu, acredita-se, de forças do governo
- 44% dos profissionais eram de meios online, 37% eram de TV e 20% de meios impressos
- 44% foram assassinados, enquanto 36% estavam no meio de um combate ou fogo cruzado e 20% estavam em uma situação de risco
Veja a seguir os 10 países mais perigosos:
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2. 2. Iraque
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Número de mortos: 10 Um dos casos recentes no
Iraque envolveu o cinegrafista Mohammed Ghanem e o correspondente Mohammed Karim al-Badrani, do canal de TV independente Al-Sharqiya. Eles filmavam os preparativos do feriado de Eid al-Adha quando foram alvejados. Não se sabe se o fogo partiu do governo ou de milícias.
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3. 3. Egito
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3/6 (KHALED DESOUKI/AFP/Getty Images)
Número de mortos: 6 As mortes foram provocadas pelas intensos protestos que tomaram conta do
Egito desde 2012. Três das seis mortes foram em um único dia, 14 de agosto, quando esses jornalistas cobriam ataques das forças de segurança do governo contra manifestantes partidários da Irmandade Muçulmana.
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4. 7. Brasil
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4/6 (CHRISTOPHE SIMON/AFP/Getty Images)
Número de mortos: 3 Apesar de ser uma democracia e não viver nenhuma guerra declarada, o Brasil aparece entre os mais mortais. Entre as vítimas, estão Mario Randolfo Marques Lopes, editor do site de notícias Vassouras na Net. Ele e sua esposa foram sequestrados e mortos na cidade de Barra do Piraí, no Rio. Lopes denunciava casos de corrupção.
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5. 8. Filipinas
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5/6 (TED ALJIBE/AFP/Getty Images)
Número de mortos: 3 Além das três mortes diretamente relacionadas ao trabalho dos jornalistas, há outras seis mortes que estão sendo invetigadas nas
Filipinas e podem ter relação com a profissão. Um dos últimos casos vitimou Romeo Olea, um comentarista de rádio morto a tiros. Sua esposa disse que ele recebia constantes ameaças de morte.
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6. 10. Mali
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6/6 (KENZO TRIBOUILLARD/AFP/Getty Images)
Número de mortos: 2 As mortes de jornalistas no
Mali só começaram a ser documentadas a partir de 2012. Em 2013, Ghislaine Dupont e Claude Verlon, da Rádio France Internacionale, foram sequestrados e mortos com vários tiros.