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Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2012 às 10h30.
Cairo - A correspondente da televisão France 24 no Egito, Sonia Dridi, foi agredida e vítima de violências de caráter sexual na sexta-feira, na Praça Tahrir, no Cairo, em mais um episódio deste tipo sofrido por mulheres da imprensa na capital francesa.
Dridi explicou à AFP que foi cercada por uma multidão composta basicamente por homens jovens, que começaram a tocá-la quando estava fazendo uma transmissão ao vivo para o canal.
A agressão durou vários minutos antes que um colega egípcio conseguisse colocá-la a salvo.
"Eles me agarraram e me tocaram em todas as partes", contou a jornalista, que conseguiu refugiar-se numa lanchonete na praça e que pretende apresentar queixa.
Em outros casos parecidos, a polícia não conseguiu prender os responsáveis.
A jornalista foi socorrida pelo colega Ashraf Jalil, correspondente egípcio em inglês da France 24 e por outras testemunhas, segundo comunicado do canal francês.
Nas ruas do Cairo, o assédio às mulheres, com ou sem véu, e os comentários e gestos obscenos são muito comuns.
Mas recentemente os testemunhos procedentes da Praça Tahrir assinalam verdadeiras agressões sexuais, incluindo estupros, se multiplicaram sem motivar reação das autoridades.
Em junho, um grupo de homens atacou e agrediu sexualmente várias manifestantes em um protesto contra o assédio sexual no Egito.
A jornalista americana Lara Logan também foi agredida em 11 de fevereiro de 2011, o dia da demissão do presidente Hosni Mubarak.
Em novembro de 2011, uma jornalista do canal 3 também foi agredida sexualmente durante uma manifestação na mesma praça.
Pouco antes dela, uma jornalista egípcio-americana denunciou violências sexuais por parte de policiais.