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Jornalista é condenado à prisão por texto sobre islamismo

Tribunal condenou a sete anos de prisão a um jornalista por um artigo insubordinado sobre o islamismo


	Delta do Ganges, Bangladesh: jornalista foi detido no aeroporto de Daca em 2003 quando tratava de voar para Israel
 (Wikimedia Commons)

Delta do Ganges, Bangladesh: jornalista foi detido no aeroporto de Daca em 2003 quando tratava de voar para Israel (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 23h46.

Nova Deli - Um tribunal de Daca condenou nesta quinta-feira a sete anos de prisão a um jornalista por um artigo "insubordinado" sobre o islamismo que "prejudicou os interesses" de Bangladesh e que pretendia ler em um seminário em Israel, informou a imprensa local.

Salahuddin Shoaib Choudhury, editor do periódico Weekly Blitz, foi achado culpado de prejudicar os interesses de seu país e de ferir os sentimentos da comunidade muçulmana com o artigo intitulado "Olá, Tel Aviv", de acordo com o portal "bdnews24".

O texto, que o tribunal considerou "insubordinado", foi publicado no jornal americano "USA Today" e Shoaib ia pronunciar uma conferência sobre o artigo em um seminário intitulado "Educação para a Cultura da Paz" em Israel.

Os 155 milhões de cidadãos de Bangladesh, país de maioria muçulmana, não podem viajar para Israel, nação com a qual não mantém relações diplomáticas.

O jornalista foi detido no aeroporto de Daca em 2003 quando tratava de voar para Israel.

A sentença chega um dia depois que dois ativistas bengaleses de direitos humanos foram acusados por um tribunal de divulgar "informação falsa" sobre a suposta massacre de dezenas de opositores, uma decisão que provocou críticas internacionais.

Adilur Rahman Khan e Nasiruddin Elan enfrentam uma pena de dez anos de prisão no julgamento que começará em 22 de janeiro.

Bangladesh vive uma situação turbulenta após a realização de eleições gerais no domingo passado onde reinou a violência e o boicote da oposição, alguns de cujos líderes foram detidos.

Hasina renovou seu mandato como governante nessas eleições, mas a comunidade internacional pôs em dúvida eleições que causaram a morte de cerca de 150 pessoas nos últimos meses.

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