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Jornalista da BBC se demite por discriminação salarial

Carrie Gracie ressaltou a crise de confiança que a BBC vive desde que se viu obrigada a revelar os salários de seus funcionários mais bem remunerados

Carrie Gracie: jornalista abandonará o posto de correspondente na China e voltará para Londres (Twitter/Reprodução)

Carrie Gracie: jornalista abandonará o posto de correspondente na China e voltará para Londres (Twitter/Reprodução)

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AFP

Publicado em 8 de janeiro de 2018 às 08h19.

A jornalista da BBC Carrie Gracie anunciou nesta segunda-feira sua demissão como correspondente na China em função da discriminação salarial entre homens e mulheres no consórcio dos meios de comunicação públicos britânicos.

Gracie falou da crise de confiança que a BBC vive desde que o consórcio se viu obrigado no ano passado a revelar os salários de seus funcionários mais bem remunerados.

"Os dados mostraram uma indefensável brecha salarial entre homens e mulheres que fazem o mesmo trabalho", escreveu Gracie em um artigo em que anuncia sua demissão.

Gracie abandonará o posto de correspondente na China e voltará para Londres.

A jornalista recordou que cerca de 200 funcionárias da BBC apresentaram queixas sobre seus salários.

Segundo os dados difundidos em julho passado, dois terços do pessoal que ganha mais de 150.000 libras por ano (203.000 dólares) eram homens.

A demissão de Gracie foi amplamente difundida nos noticiários da BBC, que se defendeu das acusações assegurando que não existe uma discriminação sistemática contra as mulheres em seu serviço.

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