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Jornalista da Al-Jazeera é preso em Berlim

Importante jornalista do grupo de mídia Al Jazeera foi detido na Alemanha no sábado em virtude de uma ordem de prisão emitida pelo Egito


	Logo da Al Jazeera em estúdio: prisão de experiente jornalista na Alemanha é mais um caso de conflito legal entre o grupo e o governo do Egito
 (Getty Images)

Logo da Al Jazeera em estúdio: prisão de experiente jornalista na Alemanha é mais um caso de conflito legal entre o grupo e o governo do Egito (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2015 às 09h51.

Berlim - Um importante jornalista do grupo de mídia Al Jazeera foi detido na Alemanha no sábado, em virtude de uma ordem de prisão emitida pelo Egito. O caso é o mais recente de uma série de complicações legais entre o Egito e a rede de notícias. O jornalista passou a noite em Berlim sob custódia, promotores se reúnem para decidir sobre sua extradição ou liberação. Cerca de 80 manifestantes protestaram contra a prisão.

Ahmed Mansour, de 52 anos, é um jornalista experiente da agência de notícias árabe. Ele foi preso ontem no aeroporto de Tegel. Mansour tem dupla nacionalidade - egípcia e britânica - e estava tentando embarcar em um voo da Qatar Airways para Doha, de acordo com a Al-Jazeera. Mansour havia sido sentenciado no Egito a 15 anos de prisão pela suposta tortura de um advogado na praça Tahrir, em 2011, acusação rejeitada por ele.

O porta-voz da promotoria de Berlim, Martin Steltner, afirmou que "durante o dia, serão realizadas diversas reuniões e pode haver, a qualquer momento, a decisão de libertá-lo". No entanto, Steltner lembrou que é improvável que uma decisão da extradição de Mansour seja anunciada ainda na manhã deste domingo.

Uma publicação na página do Facebook de Mansour chamava manifestantes para um protesto em frente ao tribunal de Berlim, onde o jornalista está preso. Também foi postado um vídeo em que Mansour ataca as autoridades alemãs por sua detenção.

"Infelizmente, me disseram que a solicitação de minha prisão é alemã, e não é baseada na Interpol", afirmou ele, acusando a Alemanha de cumplicidade com o governo do presidente Abdel-Fattah el-Sissi no Egito e especulando sobre um possível acordo especial a respeito de sua prisão. Não está claro quem seria o responsável pelas postagens na página. 

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