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Jornalista americano critica lei antigay em televisão russa

Ao vivo na televisão pública russa, jornalista lançou uma violenta crítica à lei que proíbe a "propaganda" homossexual para menores no país

Ator Stephen Fry, abertamente gay, que elogiou intervenção de James Kirchick: "realmente magnífico!", disse (Frazer Harrison/AFP)

Ator Stephen Fry, abertamente gay, que elogiou intervenção de James Kirchick: "realmente magnífico!", disse (Frazer Harrison/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2013 às 09h41.

Moscou - Ao vivo na televisão pública russa em língua inglesa RT, o jornalista americano James Kirchick lançou uma violenta crítica à lei que proíbe a "propaganda" homossexual para menores, promulgada pelo presidente Vladimir Putin e que prevê multas e penas de prisão.

Kirchick, abertamente homossexual, afirmou que não podia "se manter em silêncio ante o mal", em referência a esta lei, durante um programa da televisão russa ao qual havia sido convidado para comentar a condenação do soldado americano Bradley Manning a 35 anos de prisão por vazar milhares de documentos ao WikiLeaks.

"Não me interessa nada falar de Bradley Manning, quero falar da horrível atmosfera de homofobia", afirmou Kirchick, interrompido pela apresentadora que o perguntava sobre Manning.

Em sua conta no Twitter, a chefe de redação da RT, Margarita Simonya, classificou na quinta-feira o jornalista de "troll", termo utilizado na internet para designar uma pessoa que intervém para alimentar artificialmente uma polêmica.

"Na próxima vez o convidaremos para discutir os direitos dos gays, mas agora até logo", disse Simonya.

O ator britânico Stephen Fry, abertamente gay, elogiou a intervenção de Kirchick.

"Realmente magnífico! Claro, apaixonado, valente, exatamente o que era preciso", escreveu em sua conta no Twitter o ator britânico, que convocou anteriormente um boicote dos Jogos Olímpicos de inverno, previstos para a cidade russa de Sochi em fevereiro de 2014.

A lei russa que proíbe a propaganda homossexual ante menores, classificada de discriminatória por muitos defensores dos direitos humanos, provocou vários pedidos de boicote dos Jogos Olímpicos de Sochi, por medo dos militantes de que esta lei seja utilizada para reprimir os homossexuais.

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