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Jornal publica prova de que Rússia atacou deliberadamente hospitais sírios

O jornal The New York Times apresentou transmissões de rádio da Força Aérea da Rússia e planos de voos que mostram que ataques podem ter sido planejados

Crianças brincando em zona de guerra na Síria: suspeita de que russos tenham bombardeado hospitais (Khalil Ashawi/Reuters)

Crianças brincando em zona de guerra na Síria: suspeita de que russos tenham bombardeado hospitais (Khalil Ashawi/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de outubro de 2019 às 16h24.

Nova York -- O jornal americano The New York Times publicou neste domingo 13 provas de que a Rússia bombardeou de forma deliberada hospitais na Síria, onde o país atua em apoio ao governo de Bashar al Assad.

A investigação do Times foca em quatro ataques registrados entre os dias 5 e 6 de maio deste ano, quando as tropas da Rússia e do governo da Síria realizavam operações para tentar expulsar os rebeldes de um de seus últimos redutos no nordeste do país.

Entre outras provas, o jornal apresenta transmissões de rádio da Força Aérea da Rússia, planos de voos e registros mantidos por pessoas que dedicam acompanhar a movimentação aérea para antecipar possíveis ataques. Há também vídeos dos pontos atacados e depoimentos de testemunhas.

Segundo o jornal, os planos de voo colocam pilotos russos sobre cada um dos hospitais bombardeados no momento do ataque. Nas gravações de áudio, é possível ouvir os militares confirmando as coordenadas de cada alvo e os disparos que foram feitos, apesar de os quatro hospitais constarem em uma lista entregue a russos e sírios exatamente para evitar bombardeios.

Ativistas e opositores sírios acusaram a Rússia em várias ocasiões de atacar hospitais e outro alvos civis. O Kremlin nega.

Segundo uma ONG que registra agressões a médicos na Síria, desde 2011, quando o conflito teve início do país, foram 583 ataques consta instalações de saúde, sendo 266 delas depois da intervenção da Rússia em favor de Assad, em setembro de 2015.

Em agosto, a ONU anunciou a abertura de uma investigação após vários centros médicos incluídos na lista terem sido atacados, mas não há expectativas de que o inquérito determine juridicamente quem foram os responsáveis pelos ataques.

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