Mundo

Jornal estatal da China diz que medidas dos EUA "estão fadadas a falhar"

Na sexta-feira, Donald Trump disse que adotará "passos necessários" para impor sanções por envolvimento na "erosão da autonomia" da região

Protesto em Hong Kong: editorial do Diário do Povo, jornal estatal chinês, diz que medidas americanas são uma "interferência grosseira" (Tyrone Siu/Reuters)

Protesto em Hong Kong: editorial do Diário do Povo, jornal estatal chinês, diz que medidas americanas são uma "interferência grosseira" (Tyrone Siu/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de maio de 2020 às 10h22.

Última atualização em 30 de maio de 2020 às 10h23.

O editorial do Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista da China, deste sábado, 30, diz que as medidas anunciadas ontem pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de iniciar o processo para retirar o tratamento especial de Hong Kong "estão fadadas a falhar" e são uma "interferência grosseira" nos assuntos internos da China.

Trump apresentou o plano como resposta após Pequim avançar com uma lei de segurança que, para o governo americano, representa na prática o fim da política de "Um país, dois sistemas" até então em vigor. Para o jornal estatal, os novos protocolos aprovados pelo legislativo da China são uma "firme determinação de todo o povo chinês" para evitar interferências de forças externas em Hong Kong.

"Forçar a China a fazer concessões em interesses centrais como soberania e segurança por meio de chantagens ou coerções só pode ser sonho ou delírio", continua o editorial, completando que Pequim está pronta para lançar um "contra-ataque resoluto e o que aguarda os EUA é nada mais do que o fracasso".

A secretária de Justiça do território autônomo, Teresa Chang, também comentou o assunto neste sábado e disse que é "completamente falso e errado" dizer que a ilha está perdendo sua autonomia. Para repórteres, Teresa afirmou que as autoridades centrais chinesas têm todo o direito de impor medidas relacionadas a segurança nacional em Hong Kong.

No fim da tarde da última sexta-feira, Trump disse que adotará os "passos necessários" para impor sanções contra autoridades da China e de Hong Kong por envolvimento "direto ou indireto" na "erosão da autonomia" da região. Também anunciou que os EUA suspenderão a entrada de "certos cidadãos da China que nós identificamos como riscos à segurança", mencionando também que adotará medida para garantir a pesquisa em universidades do país.

*Com informações da Associated Press

Acompanhe tudo sobre:ChinaDonald TrumpHong Kong

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado