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Jordânia reduz representação diplomática no Catar

Os governos do Iêmen e da Líbia, aliados da Arábia Saudita e as Ilhas Maldivas, também cortaram as relações com o Catar

Catar: o governo tomou a decisão "após estudar os motivos da crise nas relações" entre os outros países e o Catar (Hamad I Mohammed/Reuters)

Catar: o governo tomou a decisão "após estudar os motivos da crise nas relações" entre os outros países e o Catar (Hamad I Mohammed/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de junho de 2017 às 19h02.

Amã - O governo da Jordânia anunciou nesta terça-feira que vai reduzir sua representação diplomática no Catar, um dia após Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito anunciarem a ruptura total das relações com o país.

A agência estatal de notícias jordaniana, "Petra", informou que o porta-voz do governo, Mohamed Mumani, disse que o governo tomou a decisão "após estudar os motivos da crise nas relações" entre os outros países e o Catar.

Além disso, Mumani disse que a Jordânia anulará a licença da emissora de televisão catariana "Al Jazeera" no reino, da mesma forma que já tinham feito a Arábia Saudita ontem e o Egito no passado, por sua linha editorial.

O porta-voz jordaniano assegurou que "o governo deseja superar esta fase desafortunada e solucionar a crise sobre bases sólidas que garantam a cooperação de todos os países árabes para um futuro melhor para os povos".

A Jordânia é um país aliado dos quatro Estados que tomaram a iniciativa ontem e costuma alinhar-se com as monarquias sunitas conservadoras do Golfo Pérsico e com o Egito.

Após as medidas adotadas ontem pelos quatro países árabes, que incluem o bloqueio terrestre, naval e aéreo sobre o Catar, o emirado se mostrou aberto a solucionar a disputa com a mediação do emir do Kuwait.

O xeque Sabah Al-Ahmad Al-Jaber Al-Sabah viajou hoje à Arábia Saudita, onde foi recebido pelo rei saudita, Salman bin Abdulaziz, no palácio de Al Salam, na cidade de Jidá.

Os governos do Iêmen e da Líbia, aliados da Arábia Saudita e as Ilhas Maldivas, também cortaram as relações com o Catar, por seu suposto apoio ao terrorismo e a grupos como Irmandade Muçulmana e Hamas.

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