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Jordânia adverte que não receberá mais refugiados sírios

A Jordânia abriga atualmente 1,3 milhão de sírios, incluídos mais de 650 mil refugiados, por conta da guerra que já dura sete anos no país

O primeiro-ministro da Jordânia afirmou que o país recebeu um número de refugiados acima de sua capacidade e não poderá receber mais (Ali Hashisho/Reuters)

O primeiro-ministro da Jordânia afirmou que o país recebeu um número de refugiados acima de sua capacidade e não poderá receber mais (Ali Hashisho/Reuters)

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EFE

Publicado em 26 de junho de 2018 às 12h19.

Amã - O primeiro-ministro jordaniano, Omar al Razaz, advertiu nesta terça-feira que seu país "não receberá mais refugiados sírios" como resultado da atual ofensiva governamental no sul da Síria que, segundo a ONU, já causou o deslocamento de cerca de 45 mil civis.

"A Jordânia não receberá novos refugiados sírios sob nenhuma circunstância", disse al Razaz a jornalistas, depois de uma reunião com legisladores no Parlamento.

O chefe do Governo afirmou que a Jordânia recebeu um número de refugiados "muito acima de sua capacidade e não poderá receber mais".

Al Razaz fez estas declarações em resposta a uma pergunta sobre os relatórios da ONU que apontam que milhares de sírios abandonaram seus lares na província meridional de Deraa e se dirigem para a fronteira com a Jordânia como resultado da ofensiva governamental da última semana.

Sobre esses refugiados, Al Razaz ressaltou que a Jordânia manterá a fronteira fechada e garantiu que as Forças Armadas controlam "completamente" a divisa entre ambos países.

Atualmente, a Jordânia abriga cerca de 1,3 milhão de sírios, incluídos mais de 650 mil refugiados, segundo dados oficiais jordanianos.

Várias agências humanitárias das Nações Unidas mostraram hoje preocupação com a situação de 750 mil pessoas ameaçadas pela alta da violência em Deraa, no sul da Síria.

Os combates da última semana já provocaram o deslocamento forçado de pelo menos 45 mil pessoas para zonas próximas à fronteira com a Jordânia, disse o porta-voz do Escritório de Ajuda Humanitária da ONU, Jens Laerke, em entrevista coletiva em Genebra.

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