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Johnson quer convocar G7 para traçar estratégia contra a China

O Reino Unido assume o comando do G7 em um momento delicado ao tentar reconstruir a confiança nas instituições multilaterais que foram minadas durante o governo Trump

Boris Johnson: Reino Unido assumirá liderança do G7 (AFP/AFP)

Boris Johnson: Reino Unido assumirá liderança do G7 (AFP/AFP)

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Carolina Riveira

Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 11h05.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às 12h02.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, planeja organizar uma reunião virtual dos líderes do G7 em 19 de fevereiro para formar uma frente no combate ao coronavírus e começar a traçar uma estratégia conjunta para a China.

Entre os diplomatas mais graduados que preparam as bases, houve também uma conversa preliminar sobre como lidar com a China e qual texto usar no comunicado final da cúpula de junho, de acordo com uma nota diplomática vista pela Bloomberg.

Durante a chamada reunião de sherpas na semana passada, o delegado dos EUA destacou a necessidade de agir com firmeza e determinação em relação ao governo de Pequim, enquanto o Canadá enfatizou a importância de não deixar a vacinação de países mais pobres nas mãos da China e da Rússia, segundo o documento.

O Reino Unido também propõe um plano de recuperação de 10 pontos, uma declaração sobre preparação para pandemias e um comunicado que promove sociedades abertas, valores democráticos e direitos humanos a ser assinado pelo grupo e os três convidados deste ano: Austrália, Coreia do Sul e Índia.

Johnson convidou os três países para o fórum deste ano enquanto tenta estabelecer a chamada coalizão D-10 de democracias para fazer frente à China. A proposta gerou tensão, pois alguns temem uma expansão do grupo pela porta dos fundos, enquanto outros estão preocupados que a coalizão possa se transformar em uma frente anti-China.

O Reino Unido assume o comando em um momento delicado ao tentar reconstruir a confiança nas instituições multilaterais que foram minadas durante o governo Trump, ao mesmo tempo em que tenta traçar seu próprio caminho pós-Brexit.

Um porta-voz do governo do Reino Unido não quis comentar.

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