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Ex-jogador de críquete embola eleição paquistanesa

Islamabad - O partido do ex-jogador de críquete Imran Khan cresceu nas pesquisas na reta final da campanha e pode embolar a eleição geral de sábado no Paquistão, resultando em um Parlamento dividido e numa prolongada negociação para a formação de uma coalizão. A perspectiva de um governo fraco ofusca o otimismo em torno da […]

Imran Khan, jogador de critique que virou político e presidente do partido  Pakistan Tehreek-i-Insaaf (PTI), discursa durante uma manifestação anti-Musharraf organizada pela oposição paquistanesa (Mian Khursheed/Reuters)

Imran Khan, jogador de critique que virou político e presidente do partido Pakistan Tehreek-i-Insaaf (PTI), discursa durante uma manifestação anti-Musharraf organizada pela oposição paquistanesa (Mian Khursheed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 12h59.

Islamabad - O partido do ex-jogador de críquete Imran Khan cresceu nas pesquisas na reta final da campanha e pode embolar a eleição geral de sábado no Paquistão, resultando em um Parlamento dividido e numa prolongada negociação para a formação de uma coalizão.

A perspectiva de um governo fraco ofusca o otimismo em torno da primeira transição entre dois governos civis na história do Paquistão. O partido do ex-premiê Nawaz Sharif deve formar a maior bancada, e ele tem grandes chances de voltar ao cargo, 14 anos depois de ser deposto por militares, preso e posteriormente exilado.

Mas Khan pode acabar como o fiel da balança se não houver um vencedor claro. Num sinal da sua popularidade, 35 mil simpatizantes participaram na quinta-feira de um comício em Islamabad, sem a presença do próprio candidato.

O popular ex-jogador, de 60 anos, está hospitalizado depois de se machucar na queda de um elevador durante um comício nesta semana. O acidente pode ter lhe rendido a simpatia de muitos eleitores.

O partido dele, chamado Tehrik-i-Insaf, começou a campanha com menos de 10 por cento das intenções de voto, e na quarta-feira apareceu em um levantamento da revista Herald com 24,98 por cento, logo atrás da Liga Muçulmana do Paquistão, de Sharif.

Nesse pesquisa, o Partido do Povo do Paquistão, do presidente Asif Ali Zardari, aparece apenas em terceiro lugar.

"Embora Khan tenha inicialmente sido prejudicado pela falta de organização partidária e pela ausência de uma presença em nível provincial, ele conseguiu superar esses desafios estabelecendo uma rede de voluntários que fez campanha freneticamente e realizou enormes atos públicos nas últimas semanas", disse Shamila Chaudhary, editora-sênior do Eurasia Group.

Khan, mais conhecido esportista da história do Paquistão, teve uma juventude típica de playboy, mas nos últimos anos surgiu como um contestador das dinastias políticas do país, tradicionalmente vistas como clientelistas e corruptas.

A campanha paquistanesa terminou oficialmente à 0h de sexta-feira (hora local). Mais de 110 pessoas morreram em incidentes políticos durante a campanha, e a violência prosseguia na véspera da votação.

Na sexta-feira, cinco pessoas foram mortas em atentados contra comitês partidários em Quetta (sudoeste) e Peshawar (noroeste). O Taliban paquistanês, que considera a eleição anti-islâmica, é responsável por esses ataques, e na quinta-feira revelou planos para cometer atentados suicidas no dia da votação.

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