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Jogador coreano precisa vencer para se livrar do exército

Neste sábado, a seleção sul-coreana jogará a final dos Jogos Asiáticos, contra o Japão.

SON: jogador da Coreia do Sul e destaque do futebol inglês decide seu futuro profissional contra o Japão / REUTERS/John Sibley/File Photo

SON: jogador da Coreia do Sul e destaque do futebol inglês decide seu futuro profissional contra o Japão / REUTERS/John Sibley/File Photo

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2018 às 06h34.

Última atualização em 31 de agosto de 2018 às 07h01.

Falta uma vitória para o maior jogador de futebol da Coreia do Sul, Son Heung-min, escapar do serviço militar obrigatório. Neste sábado, a seleção sul-coreana jogará a final dos Jogos Asiáticos, contra o Japão.

Mais do que o primeiro lugar, a vitória pode representar a liberdade profissional para o jogador do time inglês Tottenham. Na Coreia do Sul, o serviço militar é obrigatório aos homens, e precisa ser concluído até os 27 anos. Uma possível isenção de prestar o serviço militar ocorreria se um sul-coreano conseguisse a “honra máxima” no esporte: uma medalha de ouro, por exemplo.

Son, porém, já desperdiçou duas oportunidades de conseguir a honra, e tem sua última chance como representante de seu país. A primeira dispensa solicitada ocorreu em 2012, durante os Jogos Olímpicos de Londres. Na época, Son afirmou que servir o Exército poderia prejudicar sua carreira futebolística. A Coreia do Sul, porém, perdeu na semifinal para o Brasil, e foi eliminada. A segunda oportunidade ocorreu em 2014, durante os jogos Asiáticos. Na época, porém, o time alemão Bayer Leverkusen, não autorizou sua liberação. O ponta-esquerda tem agora 26, e tem a última oportunidade de conquistar a dispensa, uma vez que o próximo campeonato ocorrerá em 2020.

A discussão sobre serviço militar na Coreia do Sul coincide com o momento geopolítico em que o país vive. Protagonista de processo de desnuclearização, o governo sul-coreano tem tomado uma série de medidas para retomar o processo de paz com sua vizinha Coreia do Norte. Neste ano, o presidente Moon Jae In se encontrou com o líder norte-coreano Kim Jong Un, para discutir o fim das trocas de ameaças nucleares e militares na península. Aliada ao governo dos Estados Unidos, a Coreia do Sul acompanha com muita atenção as negociações. Na quinta, o governo do país afirmou que pretende colocar a desnuclearização da península coreana como tema principal da próxima cúpula. Uma nova reunião entre os líderes das duas coreias está marcada para setembro.

Na última sexta-feira, o presidente americano, Donald Trump, anunciou que tinha decidido cancelar a viagem prevista a Pyongyang de seu secretário de Estado, Mike Pompeo, pois considerava que “não houve avanço suficiente em relação com a desnuclearização da península coreana”. Caso a paz seja instaurada na península, a Coreia do Sul pode até rever a obrigatoriedade do serviço militar no futuro. Mas não a tempo de salvar a carreira da Son. Para ele, é tudo ou nada no sábado, coincidentemente contra um dos maiores da Coreia no esporte e no campo militar, o Japão.

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