Biden escolheu a Pensilvânia, seu estado natal, para começar a campanha (Nicholas Kamm/AFP)
AFP
Publicado em 29 de abril de 2019 às 18h31.
Última atualização em 29 de abril de 2019 às 18h33.
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Joe Biden, de 76 anos, um dos democratas favoritos na corrida pela Casa Branca, reúne-se com sindicalistas e trabalhadores nesta segunda-feira (29), em seu primeiro ato da longa campanha para eleger o candidato de seu partido à presidência.
Biden escolheu a Pensilvânia, seu estado natal, situado na costa leste do país, para seu primeiro evento eleitoral. Ele estará na cidade de Pittsburgh, berço da indústria siderúrgica americana, hoje parcialmente voltada para alta tecnologia.
Depois de anunciar sua pré-candidatura na quinta-feira passada, o ex-número dois de Barack Obama optou por uma estratégia de oposição frontal a Donald Trump, a quem acusa de desvirtuar os valores americanos.
A Pensilvânia é um dos estados - juntamente com outras regiões industriais - que deram, em 2016, seu apoio a Trump, com eleitores motivados por um sentimento de insatisfação social.
Um homem popular de origem modesta, Biden se orgulha de manter contato com a classe trabalhadora do Partido Democrata.
"Os banqueiros de Wall Street e os CEOs não construíram os Estados Unidos. Vocês construíram os Estados Unidos (...), gente comum de classe média", disse ele, há alguns dias, em Massachusetts, diante de trabalhadores de supermercados em greve.
No ato de hoje, o democrata falará sobre a reconstrução da classe média americana.
Biden disputará a Casa Branca pela terceira vez, após duas derrotas nas primárias. Em um partido que se inclina cada vez mais para a esquerda, ele acredita que poderá ganhar a disputa, com uma linha de centro e moderada.
A última pesquisa publicada no domingo (28) pela ABC News e pelo jornal The Washington Post lhe dão 17% das intenções de voto, enquanto seu principal adversário no partido, Bernie Sanders, recebe 11%.
Depois de décadas no Congresso e oito anos junto com Obama, Biden arrecadou 6,3 milhões de dólares em doações nas primeiras 24 horas desde o anúncio de sua pré-candidatura - a maior arrecadação democrata até agora.