Mundo

Jirau deve contratar novos funcionários, diz Chesf

Obras da hidrelétrica estão atrasadas em três meses depois dos tumultos do começo do ano

Usina de Jirau: mais trabalhadores para tirar o atraso (Cristiano Mariz/EXAME.com)

Usina de Jirau: mais trabalhadores para tirar o atraso (Cristiano Mariz/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2011 às 15h52.

São Paulo - O diretor-presidente da Chesf, Dilton da Conti Oliveira, revelou que a Energia Sustentável do Brasil e a construtora Camargo Corrêa negociam a contratação de novos funcionários para o canteiro de obras de Jirau, do Rio Madeira (RO), com objetivo de recuperar o atraso de três no cronograma de construção da hidrelétrica. "Por conta dos tumultos no canteiro de obras, estamos com um atraso de três meses", disse o executivo, após participar hoje do segundo leilão de transmissão de 2011 realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

No começo deste ano, o canteiro de Jirau foi alvo de uma série de atos de vandalismos dos próprios funcionários da usina, que destruíram boa parte dos alojamentos existentes no local. Após os incidentes, a Camargo Corrêa promoveu a demissão de parte dos empregados que trabalhavam nas obras. "Estamos tomando todas as providências para recuperar o tempo que foi perdido. Como? Aumentando o efetivo, mas isso tem um custo associado", disse Oliveira, afirmando que o contingente de empregados pode passar dos atuais 16 mil para 21 mil.

Originalmente, as primeiras turbinas de Jirau estavam previstas para entrar em operação em março de 2012, praticamente um ano antes do prazo previsto no contrato de concessão, que é de janeiro de 2013. "Após os distúrbios no canteiro de obras, não é mais possível cumprir essa meta de março de 2012 nas condições atuais. Se nada for feito, a usina ficará para junho de 2012", afirmou o diretor-presidente da Chesf, que detém 20% de participação na Energia Sustentável do Brasil.

Além dos planos para recuperar o tempo perdido de construção da hidrelétrica, outra fonte de pressão nos custos em Jirau é o pedido da Camargo Corrêa para promover um novo aditivo no contrato de obra civil. No chamado "claim", a construtora pede a revisão para cima nos valores dos preços unitários e dos quantitativos da obra. "Estamos trabalhando nisso. Só que o claim exige uma avaliação técnica apurada. Tenho a informação de que parte do que pedido já foi aceito, mas uma grande parte não será. Em um claim, cada um tem a sua visão", argumentou.

Segundo Oliveira, o contrato de construção entre a Energia Sustentável do Brasil e a Camargo Corrêa foi assinado em 2009. No ano seguinte, em junho, as partes assinaram o primeiro aditivo no contrato. Além de construtora da hidrelétrica, a Camargo também é acionista de Jirau, detendo 9,9% de participação acionária atualmente. Os outros sócios são a GDF Suez (50,1%) e a Eletrosul (20%), além da própria Chesf.

Acompanhe tudo sobre:ContrataçõesEnergia elétricagestao-de-negociosHidrelétricasUsinas

Mais de Mundo

Exportações da China devem bater recorde antes de guerra comercial com EUA

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"