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Jill Biden e Macron vão a Tóquio para a Olimpíada (e para fazer política)

A primeira-dama dos EUA e o presidente francês estão entre as principais figuras que participarão da cerimônia de abertura, apesar de público restrito nos jogos

Jill Biden: primeira-dama dos EUA vai às Olimpíadas (Joe Skipper/Reuters)

Jill Biden: primeira-dama dos EUA vai às Olimpíadas (Joe Skipper/Reuters)

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Carolina Riveira

Publicado em 22 de julho de 2021 às 06h00.

Última atualização em 22 de julho de 2021 às 17h50.

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As Olimpíadas de Tóquio terão uma abertura sem público geral e com menos estrelas nesta edição, mas algumas lideranças políticas ainda estão fazendo o caminho até o Japão.

A primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, esposa do presidente Joe Biden, será uma das presenças mais aguardadas, assim como o presidente francês Emmanuel Macron.

A presença do líder francês se deve sobretudo ao fato de que Paris sediará as Olimpíadas de 2024. A viagem de Macron a Tóquio, apesar das incertezas da edição deste ano, é vista pelo Comitê Olímpico Internacional como um importante apoio aos jogos.

Já Jill Biden, que viaja sem o marido, chegou ao Japão nesta quinta-feira, para uma agitada agenda de cinco dias.

É a primeira viagem internacional de Jill Biden como primeira-dama desde que o presidente americano tomou posse, em janeiro. Sua passagem incluirá não só esporte, com conferências (virtuais) marcadas com atletas americanos, mas uma extensa agenda diplomática.

Nesta quinta-feira, Jill Biden se encontra na residência oficial com o premiê japonês, Yoshihide Suga, e sua esposa, Mariko Suga. Na sexta-feira, a primeira-dama americana também será recebida no palácio imperial em Tóquio pelo imperador Naruhito.

Como Macron, Jill Biden estará também entre os convidados VIP que comparecerão à cerimônia de abertura na sexta-feira. A imprensa americana vinha questionando se Biden manteria a viagem apesar das preocupações com o avanço da variante Delta.

"O presidente e a primeira dama sentiram que era importante dar à delegação uma liderança no alto escalão. Então, ela está animada para continuar a viagem", disse nesta terça-feira a secretária de imprensa americana, Jen Psaki, quando questionada sobre o tema.

Apesar do discurso oficial de que a viagem de Jill Biden é importante para liderar a delegação americana, sua presença é um aceno importante às relações sino-americanas em um momento de questionamento dos jogos japoneses e da organização devido à pandemia e a ausência de público.

Além de um comércio de mais de 250 bilhões de dólares, os EUA têm no Japão um aliado importante contra a China na Ásia. O Japão, que não tem Forças Armadas estruturadas como condição desde a derrota na Segunda Guerra Mundial (1939-45), ainda tem nos EUA o principal aliado militar.

Suga e o presidente Joe Biden se encontraram no mês passado na reunião do G7, grupo das sete democracias mais ricas do mundo, que ocorreu na Inglaterra e teve a China como principal alvo das discussões.

Abertura enxuta

A abertura das Olimpíadas de Tóquio, como a maioria dos outros jogos desta edição, não terá publico geral, nem mesmo entre os já residentes no Japão.

Incluindo Jill Biden e Macron, cerca de 15 líderes mundiais e de organizações internacionais são esperados na cerimônia, ante mais de 40 na abertura da última edição, no Rio, em 2016. O número de atletas desfilando também deve cair para a casa dos 10.000, segundo as autoridades japonesas e do Comitê Olímpico Internacional.

Ao todo, cerca de 70 autoridades, incluindo ministros, devem comparecer ao Japão para agenda diplomática e nas Olimpíadas, segundo o chefe de gabinete do governo japonês, Katsunobu Kato.

Kato afirmou que a visita dos líderes mundiais, apesar de em menor número, proporcionará ao premiê Suga "a valiosa oportunidade de construir relações pessoais" com outras lideranças, em um momento em que as reuniões bilaterais têm sobretudo se resumido a conferências virtuais.

Suga assumiu o cargo em setembro passado, após problemas de saúde do popular premiê conservador-nacionalista Shinzo Abe (2012-2020). Suga foi escolhido dentro do mesmo Partido Liberal Democrata, que controla o Parlamento no Japão.

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