Polícia francesa: promotor confirmou que os cinco supostos terroristas tinham recebido as mesmas instruções do mesmo interlocutor (Patrick Kovarik/AFP)
EFE
Publicado em 25 de novembro de 2016 às 10h12.
Última atualização em 25 de novembro de 2016 às 21h13.
Paris - Os cinco supostos terroristas detidos no último fim de semana em Estrasburgo e Marselha, na França, foram indiciados e presos por terrorismo, informaram nesta sexta-feira à Agência Efe fontes judiciais.
Os cinco foram indiciados por associação terrorista com o objetivo de cometer um atentado e três deles também responderão por aquisição, posse, transporte e cessão ilegal de armas e munição de categoria A e B, crimes que também foram relacionados com a atividade de uma organização terrorista.
A Promotoria de Paris tinha informado hoje que os cinco preparavam um atentado "de grande envergadura" na França no dia 1º de dezembro e que estavam sendo "guiados" pelo Estado Islâmico (EI) na Síria ou no Iraque.
Os quatro de Estrasburgo são franceses, mas dois deles têm dupla nacionalidade, um da Tunísia e outro do Marrocos.
Os suspeitos tiveram armas (basicamente pistolas e munição) confiscadas, mas também documentos em suportes de papel e digital, que evidenciam seus vínculos com o EI, pois todos glorificavam a ideia de morrer como mártires e juravam lealdade a esta organização, além de terem proferido "ameaças" contra a França.
Além disso, assim como o marroquino detido em Marselha (identificado como Hicham E, de 46 anos), os quatro também tinham instruções de um interlocutor que se situa na região controlada pelo EI na Síria e no Iraque, para a provisão de armas.
Segundo os vazamentos veiculados nos últimos dias na imprensa, um dos quatro homens capturados em Estrasburgo tinha confessado aos policiais que entre seus alvos estavam centros de comando da polícia na região de Paris.
A França é o país europeu mais castigado pelo terrorismo nos últimos 18 meses, durante os quais registrou 230 vítimas mortais que incluem as 130 dos ataques de 13 de novembro de 2015, em Paris e na vizinha Saint-Denis, e as 84 do atentado de Nice em 14 de julho deste ano.