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Jihadistas decapitam 3 civis egípcios acusados de espionagem

Jihadistas do grupo egípcio Ansar Bait al-Maqdis publicaram um vídeo em que exibem a decapitação de três civis e o atentado contra um outro


	Área militar no Egito: autenticidade de vídeo não foi confirmada
 (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Área militar no Egito: autenticidade de vídeo não foi confirmada (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 14h46.

Cairo - Os jihadistas do grupo egípcio Ansar Bait al-Maqdis (Os defensores da Santa Casa) publicaram um vídeo em que exibem a decapitação de três civis e o atentado contra um outro, acusados de colaborar com a inteligência israelense e o exército do Egito.

Em um vídeo com mais de 25 minutos postado ontem à noite no site YouTube, cuja autenticidade ainda não foi confirmada, quatro pessoas reconhecem ter participado de atividades de espionagem contra a organização e em benefício dos serviços de inteligência israelenses (Mossad) e do exército egípcio.

Logo nos primeiros minutos, os jihadistas mostram a explosão que fizeram da casa de um dos supostos espiões quando ele estava nela com sua família, incluindo os filhos. No final do vídeo, os extremistas exibem as cabeças de três dos espiões confessos, algumas sobre seus próprios corpos, e intercaladas com imagens do Muro das Lamentações, em Jerusalém.

A gravação apresenta os dados pessoais dos cidadãos assassinados, assim como suas confissões (possivelmente forçadas) sobre às vezes em que se reuniram com oficiais do Mossad, o ano no qual foram recrutados e o valor que cobraram pelo trabalho. As vítimas são Ahmed Iad, de 51 anos; Suleiman Ali, de 25; Jihad Abunamus, de 24, e Aiech Lahsen, de 39 anos, todos das aldeias do Sinai próximo à fronteira com Israel.

A publicação também coloca as palavras do porta-voz do grupo jihadista Estado Islâmicos (EI), Abu Mohammad al-Adnani, de meados de setembro, com as quais pede aos seguidores da Península do Sinai egípcio que lutem contra as forças de segurança de seu país.

O Ansar Bait al-Maqdis jurou lealdade ao EI, que declarou califado em regiões do Iraque e da Síria, enquanto continua lutando para conquistar um território maior onde aplicar uma interpretação radical da lei islâmica.

Essa é a segunda gravação que o grupo extremista egípcio publica com decapitações de civis acusados de colaborar com Israel. Na primeira, postada em 28 de agosto, o grupo mostra o assassinato de quatro pessoas.

No último ano, o grupo jihadista reivindicou múltiplos atentados terroristas contra centenas de policiais e membros do exército egípcio e mostrou seu apoio à organização da Irmandade Muçulmana depois da destituição, em julho de 2013, do então presidente islamita, Mohamed Mursi.

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