Beirute - Alguns dos grupos jihadistas que enfrentam o Exército libanês na região de Arsal, no nordeste do país, começaram nesta quarta-feira a se retirar da zona, disse à Agência Efe um membro da Prefeitura dessa cidade, Wafic Khalaf.

"Apesar de todos estarem se retirando, de vez em quando são escutados disparos e detonações nas montanhas", acrescentou Khalaf por telefone.

Khalaf acrescentou que "a delegação do Conselho de Ulemás prossegue sua mediação para obter a libertação dos soldados e policiais capturados em troca da retirada dos combatentes rumo às montanhas da região", contígua com a Síria.

Por outro lado, a Agência Nacional de Notícias (ANN) informou hoje que o Exército repeliu um ataque em Ain el Chaab, matando vários islamitas.

Além disso, Khalaf disse que vários civis ficaram feridos na cidade de Arsal, quando os jihadistas dispararam contra o carro no qual se encontravam, e que o diretor do campo de refugiados de Al Wafa, Hassan Huyeiri, ficou levemente ferido junto a vários membros de sua família quando uma bomba caiu perto de sua casa.

Khalaf acrescentou que há "várias vítimas civis" entre a população de Arsal, que também é "bombardeada desde outras áreas do vale do Bekaa", supostamente em alusão às áreas controladas pelo grupo xiita libanês Hezbollah, que negou categoricamente seu envolvimento nos combates nessa região.

Por outra parte, o Exército libanês anunciou hoje em comunicado a morte de outro de seus membros como consequência da gravidade de seus ferimentos, com a qual o número das vítimas mortais em suas fileiras pelos recentes enfrentamentos chega a 17, enquanto os feridos são 86 e os desaparecidos ou capturados 22.

Os enfrentamentos na região de Arsal começaram no sábado passado após a detenção de Amre Ahmad Jomaa, um jihadista apresentado como membro da Frente al Nusra, embora outras informações assegurem que pertence ao EI.