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Jihadista holandesa resgatada pela mãe permanecerá detida

A jovem de 19 anos resgatada pela mãe após ficar 9 meses na Síria, para se casar com um jihadista, permanecerá detida


	Bandeira do Estado Islâmico: juiz prolongou detenção de jovem por três dias
 (Jm Lopez/AFP)

Bandeira do Estado Islâmico: juiz prolongou detenção de jovem por três dias (Jm Lopez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 14h23.

Bruxelas - A jovem holandesa de 19 anos que foi resgatada por sua mãe após ter viajado há nove meses à Síria para se casar com um ex-militar holandês de origem turca que virou jihadista permanecerá detida, informou à Agência Efe uma fonte oficial.

A jovem, que adotou na Síria o nome de Aïcha, compareceu nesta sexta-feira perante o Tribunal de Maastricht (sudeste) após ter sido detida em sua chegada à Holanda sob a suspeita de delitos que ameaçam a segurança do Estado.

Após ouvir a acusada, o juiz prolongou sua detenção por três dias, segundo a porta-voz da Procuradoria da província de Limburgo, Sanne Mertens.

Durante estes três dias, a jovem será interrogada e depois terá que comparecer de novo perante o magistrado.

A Procuradoria decidirá para então se pede que Aïcha fique detida outros 14 dias ou se considera que deve ser libertada, explicou a porta-voz.

Previamente, Mertens esclareceu que Monique, a mãe de Aïcha, "nunca viajou à Síria" para resgatar sua filha, mas ficou esperando na "fronteira com a Turquia", embora a advogada da família, Françoise Landerloo, tenha dito anteriormente que a mãe esteve na Síria em duas ocasiões.

O que vazou (informação) até agora é que Monique foi à fronteira síria para buscar sua filha depois que esta, conhecida supostamente como Sterlina antes de se transformar em Aïcha, lhe expressou o desejo de voltar para casa após o fracasso de seu casamento com o jihadista turco-holandês Omar Yilmaz, que treinou supostamente combatentes do Estado Islâmico (EI) na Síria.

A jovem holandesa se converteu ao islã com 18 anos e passou a se chamar Aïcha após casar com Omar Yilmaz, que tinha visto na televisão e com quem entrou em contato através das redes sociais.

Em fevereiro, Aïcha e Omar viajaram à Síria e, embora a princípio a jovem holandesa tenha mantido o contato com sua família, "desde maio deixou de responder mensagens e e-mails", segundo explicou Landerloo aos meios de comunicação holandeses.

O marido, em declarações a uma rede de televisão britânica, revelou que o casal se separou pouco tempo após viajar até o país árabe, momento no qual a jovem holandesa voltou a se comunicar com sua mãe, desta vez para ajudar a retornar a seu país.

O caso de Aïcha é só um exemplo do grande número de jovens europeus que viajaram à Síria para se unir às tropas do EI.

Segundo o relatório "A transformação do jihadismo na Holanda", publicado em outubro pelo Serviço de Inteligência e Segurança holandês (AIVD), são 130 os holandeses que deixaram até agora o país para viajar para o Oriente Médio, dos quais "quase 30 já retornaram e outros 14 morreram nos combates".

O AIVD acredita que os combatentes que retornam da Síria supõem um risco potencial para a segurança do país.

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