'Jihadi John' foi identificado pelo jornal Washington Post como o jovem londrino Mohammed Emwazi (AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2015 às 10h50.
Londres - O jihadista do Estado Islâmico (EI) apelidado de "John", identificado como o cidadão britânico Mohammed Emwazi, negou em uma gravação feita em 2009 ser extremista e se queixou do contínuo assédio dos serviços secretos do Reino Unido, informou nesta terça-feira a imprensa local.
A gravação foi feita pela organização Cage, que luta contra os abusos do Estado e dos serviços secretos contra os cidadãos.
No vídeo, Emwazi contou que o serviço de contraespionagem MI5 o pressionava para que falasse coisas que ele não tinha dito.
A Cage gravou a conversa com Emwazi em 2009, após o jovem ser interrogado por agentes secretos em Amsterdã, depois de ter sido deportado da Tanzânia.
O jovem, que teria 27 anos, disse que teria ido para a Tanzânia passar férias, mas que sua entrada no país foi negada e por isso ele foi colocado em um voo para a Holanda, onde um agente britânico o acusou de tentar ir para Somália para participar de um treinamento terrorismo.
Emwazi, que nasceu no Kuwait, foi visto pela primeira vez em imagens divulgadas pelo EI na internet em agosto do ano passado, quando apareceu no vídeo do assassinato do jornalista americano James Foley.
"Jihadi John" também foi visto em vídeos divulgados pelo EI decapitando o também jornalista americano Steven Sotloff, o voluntário britânico David Haine, o taxista britânico Alan Henning e o voluntário americano Abdul-Rahman Kassig.
No mês passado, foi visto no vídeo no qual apareceram os reféns japoneses Haruna Yukawa e Kenji Goto antes de serem assassinados pelo EI.