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Jesuíta preso na ditadura diz que Francisco não o denunciou

O padre Franz Jalics diz que durante muito tempo pensou que havia sido denunciado, mas desmentiu que o papa teria feito isso

Franz Jalics: "no fim dos anos 1990, após várias discussões, percebi que esta suspeita era injustificada", explicou (AFP)

Franz Jalics: "no fim dos anos 1990, após várias discussões, percebi que esta suspeita era injustificada", explicou (AFP)

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AFP

Publicado em 21 de março de 2013 às 13h09.

Última atualização em 25 de junho de 2020 às 19h39.

Berlim - Franz Jalics, um dos missionários jesuítas sequestrados pela junta militar argentina nos anos 1970, garantiu que o Papa Francisco não o denunciou.

As declarações do jesuíta chegam depois que a atitude naquela época do soberano pontífice foi colocada em xeque.

O missionário "Orlando Yorio e eu mesmo não fomos denunciados pelo padre Bergoglio", agora papa Francisco, afirmou Jalics em uma declaração publicada no site da ordem jesuíta alemã.

"É falso afirmar que nossa detenção foi provocada pelo padre Bergoglio", acrescentou Jalics.

O padre Franz Jalics, de origem húngara e que vive na Alemanha desde o fim dos anos 1970, também afirma que durante muito tempo pensou, de maneira injustificada, que havia sido denunciado.

"Antes, acreditava que havíamos sido vítimas de uma denúncia", continuou. "Mas, no fim dos anos 1990, após várias discussões, percebi que esta suspeita era injustificada", explicou Jalics.

O missionário jesuíta também contou que, após sua prisão, o oficial encarregado de interrogá-lo pensou que era um espião russo ao ver em seus documentos de identidade que havia nascido em Bucareste.

Os dois missionários jesuítas, sequestrados e presos no dia 23 de março de 1976, foram detidos e torturados na Escola Superior de Mecânica da Armada (ESMA), antes de serem liberados, cinco meses depois.

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