Casas no assentamento judaico de Efrat, na Cisjordânia: a decisão foi divulgada na véspera da retomada oficial do diálogo entre israelenses e palestinos (Ronen Zvulun/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2013 às 07h05.
Jerusalém - A Prefeitura de Jerusalém aprovou um projeto que inclui a construção de 942 casas na parte oriental da cidade, revelou nesta terça-feira à Agencia Efe o vereador municipal Pepe Alalu.
Na véspera da retomada oficial do diálogo entre israelenses e palestinos, o político, do partido pacifista Meretz, declarou que "o último trâmite do projeto foi aprovado antes da abertura da licitação dos terrenos e, posteriormente, o início da construção".
De acordo com Alalu, o plano foi anunciado há um ano e os últimos procedimentos prévios à licitação das parcelas foram concluídos ontem.
O anúncio em questão se soma aos novos projetos de construção de 1,2 mil casas em assentamentos da Cisjordânia e no leste de Jerusalém aprovados pelo Governo israelense no domingo, decisão que atiçou os palestinos e à comunidade internacional em um momento em que o reatamento do diálogo entre ambos os países se mostra fragilizado.
"Todos estes anúncios de planos aprovados há tempo têm o único objetivo de perturbar as conversas, em específico neste momento delicado", declarou Alalu.
As 942 casas anunciadas serão construídas em Gilo, um bairro para judeus ao sul de Jerusalém e construído sobre território ocupado em 1967, cujos planos preveem que se expanda pelo sul em direção aos municípios palestinos de Beit Jala e Cremisan, no distrito cisjordaniano de Belém.
O secretário de Estado americano, John Kerry, descartou ontem em Bogotá que os anúncios israelenses sobre novos assentamentos suponham um "contratempo" e precisou que, "até certo ponto, era algo esperado".
Kerry, no entanto, pediu para "todas as partes que não reajam ou não façam provocações de maneira adversa", reiterando que Washington considera "todos os assentamentos ilegítimos".