jbs (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2012 às 13h17.
São Paulo - O presidente da JBS Mercosul, José Augusto de Carvalho Junior, disse que a companhia bloqueou a compra de animais de mais de 600 fazendas com situação irregular, no período de janeiro a novembro do ano passado. Segundo ele, 308 estabelecimentos foram bloqueados por indícios de desmatamento e 300 por estarem em áreas de conservação ou terras indígenas.
O diretor de exportação de produtos industrializados da JBS Mercosul, Alexandre Almeida, explicou que "essas fazendas fazem parte dos 8,3 mil estabelecimentos que temos o mapeamento completo, e o total de animais devolvidos foram de 4208. Somente no Bioma Amazônico temos 30 mil fornecedores, com 100% georreferenciados".
O georreferenciamento consiste em rastrear o estabelecimento por um ponto (latitude/longitude, chamado pela companhia de ponto do curral) de GPS num raio de até 10 quilômetros. É justamente esse rastreamento que é criticado pelo Greenpeace. "O perímetro (mapeamento total da fazenda) depende do cadastramento do estabelecimento, que está evoluindo no País. Estamos evoluindo junto com o Brasil", disse Almeida.
Ele exemplificou com a situação no Mato Grosso, em que há mais de 90 mil propriedades rurais e somente 15 mil têm cadastro estadual. "Checamos se a propriedade está embargada pelo Ibama, se tem problemas com Ministério do Trabalho, três vezes: na hora da compra do gado, recebimento do animal e no abate."
Segundo os executivos, a JBS compra mais de seis milhões de cabeças de gado por ano. O presidente da JBS Mercosul enfatizou que a sustentabilidade e o rastreamento do gado é um processo que está em evolução. "Se tivermos, desse total, uns 100 bois que foram comprados 'ilegalmente', claro que temos que melhorar, mas não é motivo de calamidade, como o assunto foi tratado, com informações falsas, pelo Greenpeace", afirmou Carvalho Junior.