Redatora
Publicado em 9 de outubro de 2025 às 05h21.
Os Estados Unidos continuam monitorando atividades militares na China e na Coreia do Norte com um jato espião do Exército à medida que crescem tensões na região.
A aeronave, conhecida como ATHENA (Army Theater-level High-altitude Expeditionary Next Airborne), sobrevoou áreas próximas às fronteiras dos dois países nesta semana, de acordo com informações da Newsweek.
Segundo dados de rastreamento de voo de código aberto compartilhados pelo Bizjets of War, o ATHENA, um jato executivo Global 6500 equipado com sensores de inteligência de sinais, opera na Coreia do Sul desde fevereiro de 2025.
O ATHENA realiza missões de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR), combinando diversas informações estratégicas em uma única plataforma. Isso permite ao Exército dos EUA coletar inteligência geoespacial, eletrônica e de sinais, oferecendo informações detalhadas para comandantes.
Na última segunda-feira, 6, o jato foi rastreado sobre o Mar da China Oriental e o Mar Amarelo, retornando à Coreia do Sul antes de decolar novamente para sobrevoar a fronteira da Coreia do Norte. Na terça-feira, 7, a aeronave pousou brevemente na Base Aérea de Yokota, perto de Tóquio, antes de voltar à Coreia do Sul.
A presença do ATHENA ocorre em um momento de fortalecimento militar da China, incluindo capacidades nucleares e convencionais, e da Coreia do Norte, que desenvolve novos navios de guerra e drones militares.
Para reforçar a dissuasão, os EUA mantêm aproximadamente 60 mil soldados no Japão e 28,5 mil na Coreia do Sul, além do envio de drones e caças furtivos F-35 para missões conjuntas com aliados na região, segundo a Newsweek.
Ainda não está claro se o Exército dos EUA expandirá a presença do jato ATHENA na Coreia do Sul ou o realocará temporariamente para o Japão para rotatividade de missões.