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Japão vai cooperar com EUA para amenizar tensões entre China e Taiwan

Para o primeiro-ministro japonês, a estabilidade da região depende da paz entre China e Taiwan

Yoshihide Suga, primeiro-ministro japones: o político está disposto a cooperar com o governo de Joe Biden (Carl Court/Pool/Reuters)

Yoshihide Suga, primeiro-ministro japones: o político está disposto a cooperar com o governo de Joe Biden (Carl Court/Pool/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de abril de 2021 às 10h37.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, disse neste domingo que o país vai cooperar com os Estados Unidos para acalmar as tensões entre China e Taiwan. Na avaliação dele, a paz e a estabilidade em Taiwan são fundamentais para toda a região. Suga deve se reunir com o presidente norte-americano em Washington na próxima semana, na primeira cúpula presidencial de Joe Biden desde que assumiu o cargo em janeiro.

"É importante que o Japão e os Estados Unidos cooperem e usem a dissuasão para criar um ambiente onde Taiwan e a China possam encontrar uma solução pacífica", disse Suga neste domingo.

Espera-se que Taiwan esteja na pauta da reunião em Washington, enquanto os líderes buscam maneiras de lidar com o agravamento dos atritos. Aviões de guerra chineses continuam sendo vistos no espaço aéreo taiwanês, e a China protestou contra um acordo para fortalecer a cooperação entre as guardas costeiras dos EUA e de Taiwan.

O Japão considera a atividade da China uma ameaça à segurança e se opõe à reivindicação de Pequim do território de Taiwan e das ilhas Senkaku, controladas pelos japoneses. Por outro lado, a China reivindica, ainda, a posse de praticamente todo o Mar da China Meridional, embora autoridades chinesas afirmem que estão apenas defendendo seus direitos territoriais e neguem ambições expansionistas.

Suga acrescentou que espera apresentar uma visão para promover a ordem na região e discutir maneiras de cooperar nas políticas em relação à Coreia do Norte. Além disso, o combate à pandemia e as mudanças climáticas também estão entre as pautas. O primeiro-ministro japonês, que estabeleceu uma meta de neutralizar a emissão de carbono do país até 2050, disse que esperava cooperar estreitamente com Biden para liderar conjuntamente os esforços internacionais em relação ao meio ambiente.

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