Excesso de trabalho: quase um quarto dos funcionários no Japão trabalha acima do limite de horas extras todos os meses (Thinkstock)
EFE
Publicado em 27 de dezembro de 2016 às 07h38.
Tóquio - O governo do Japão adotou uma série de medidas de emergência para prevenir as mortes por excesso de trabalho, por causa das mortes por este motivo de dois funcionários da poderosa agência de publicidade Dentsu revelados recentemente.
As medidas, aprovadas na véspera pelo Ministério do Trabalho e publicadas hoje pelo jornal econômico "Nikkei", estão destinadas a aumentar a vigilância sobre as empresas para garantir que cumpram o regulamento de horas extras.
As autoridades japonesas farão inspeções de surpresa nas empresas e publicarão os nomes daquelas onde tenham acontecido mortes derivadas do excesso de trabalho ou "karoshi", assim como das companhias que obriguem seus funcionários a trabalhar mais horas extras do que as recomendadas por lei (80 por mês).
Em outubro o governo publicou um relatório em resposta aos casos de "karoshi" que mostrava que no Japão quase uma quarta parte dos empregados podem chegar a superar este teto.
O pacote de medidas, que entrará em vigor em janeiro, inclui algumas para assessorar as empresas sobre as leis trabalhistas e para promover o atendimento médico e psicológico a empregados que precisarem por fadiga ou estresse laboral.