Mundo

Japão reduzirá caça de baleias no Antártico em 2015

O Japão defende que a caça de baleias tem "fins científicos", mas a Corte Internacional estabeleceu que isso não justificava o alto número de capturas


	O Japão cancelou as pescas no Antártico após sentença da CIJ de março, e reduziu cota de capturas no Pacífico Norte a 210 exemplares neste ano, 170 a menos
 (©AFP/Arquivo / Daniel Bayer)

O Japão cancelou as pescas no Antártico após sentença da CIJ de março, e reduziu cota de capturas no Pacífico Norte a 210 exemplares neste ano, 170 a menos (©AFP/Arquivo / Daniel Bayer)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 07h57.

Tóquio - O Japão planeja retomar a caça de baleias no Antártico em 2015, mas limitando o volume da captura para se ajustar à sentença da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que proibiu o país de exercer a atividade, publicou nesta quinta-feira a imprensa japonesa.

Esta será a mudança principal do novo programa japonês de pesca de baleias no Antártico, que o Executivo japonês pretende apresentar na próxima reunião da Comissão Baleeira Internacional (CBI), que começa dia 15 na Eslovênia, informou o jornal "Asahi".

O Japão cancelou sua campanha de pesca no Antártico após a sentença da CIJ de março, e decidiu reduzir sua cota de capturas no Pacífico norte a 210 exemplares neste ano, 170 a menos que na temporada anterior.

A decisão do tribunal de Haia não afeta seu outro programa científico no Pacífico norte, nem as capturas comerciais que o Japão realiza em sua costa.

O Japão defende que sua campanha de caça de baleias no Antártico tem "fins científicos", mas a sentença da Corte Internacional estabeleceu que esse objetivo não justificava o alto número de capturas.

O tribunal de Haia também assinalou que o Japão não tinha feito esforços suficientes para desenvolver seu programa científico sem necessidade de matar os animais, e assinalou que para poder retomá-lo, Tóquio devia realizar amplas melhoras no projeto.

Até a proibição, as campanhas baleeiras do Japão no Ártico se limitavam as capturas por temporada, a caça de 850 exemplares da baleia-de-minke, 50 de baleia jubarte e 50 de rorqual comum.

O Japão planeja agora limitar suas capturas à baleia de minke, a mais comum das três espécies, e recalcular as cotas de futuras campanhas para conseguir o sinal verde da Comissão Baleeira Internacional.

A reunião da CBI é a primeira realizada desde a sentença do Tribunal de Haia, originada por uma reivindicação apresentada pela Austrália. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaJapãoPaíses ricosPesca

Mais de Mundo

Equador escolhe novo presidente neste domingo em 2º turno acirrado

‘Vamos recuperar nosso quintal’, diz secretário de Trump sobre América Latina

Israel amplia ofensiva em Gaza e toma corredor-chave

Wall Street Journal aponta Brasil como símbolo negativo do protecionismo defendido por Trump