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Japão reconhece Guaidó como presidente interino da Venezuela

Sem a antecipação das eleições na Venezuela, o Japão reconheceu o líder da oposição, Juan Guaidó, como presidente interino

Venezuela: quase 50 países reconheceram Guaidó como presidente interino do país (Marco Bello/Reuters)

Venezuela: quase 50 países reconheceram Guaidó como presidente interino do país (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 09h08.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2019 às 09h11.

O Japão reconheceu nesta terça-feira Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela e lamentou que o presidente Nicolás Maduro não tenha convocado eleições, como solicitaram diversos países.

"Nosso país pediu eleições antecipadas, mas infelizmente as eleições ainda não aconteceram", disse o ministro das Relações Exteriores, Taro Kono.

"Considerando as circunstâncias, nosso país apoia claramente o presidente provisório Guaidó. De novo pedimos ao país que celebre eleições livres e justas", completou.

O reconhecimento do Japão aumenta a pressão internacional contra Maduro.

Quase 50 países reconheceram Guaidó, enquanto Maduro tem o apoio de aliados como Rússia, China, Turquia, Irã e Cuba.

Na segunda-feira, o presidente americano, Donald Trump incentivou os militares venezuelanos a aceitar a anistia oferecida por Guaidó e a romper com o governo Maduro.

"Podem escolher entre aceitar a generosa oferta de anistia do [autoproclamado] presidente Guaidó e viver sua vida em paz com suas famílias e seus compatriotas", disse Trump a quase 300 venezuelanos em Miami, referindo-se aos militares.

"Ou podem escolher o segundo caminho: continuar apoiando Maduro. Se optarem por este caminho, não encontrarão um refúgio, não haverá uma saída fácil. Perderão tudo", alertou.

Guaidó, que se autoproclamou presidente em janeiro, exigiu que os militares permitam a entrada no próximo sábado da ajuda humanitária, apesar do governo Maduro ter bloqueado a carga por considerá-la um "show" e um pretexto para uma ação militar americana.

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