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Japão quer manter aberta janela de diálogo com a China

O premiê japonê, porém, voltou a criticar o país por um confronto naval em alto-mar


	Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe: ele chamou a ação chinesa de "perigosa" e "provocadora"
 (AFP)

Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe: ele chamou a ação chinesa de "perigosa" e "provocadora" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 07h29.

Tóquio - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou nesta quinta-feira que "a janela de diálogo" com a China deve permanecer aberta, mas voltou a criticar este país por um confronto naval em alto-mar.

Abe disse que o incidente no qual uma fragata chinesa apontou o radar para fixar alvos contra um navio de guerra japonês era "lamentável", em um momento de tensão sobre a soberania de um grupo de ilhas no Mar da China Meridional.

"Mas nós não fecharemos a janela de diálogo. Isto é muito importante", completou o premier.

"Gostaria que a China adotasse uma atitude mais aberta a respeito de nossa associação estratégica", completou.

Na quarta-feira, Abe chamou a ação chinesa de "perigosa" e "provocadora".

O ministro da Defesa do Japão, Itsunori Onodera, disse no Parlamento que o uso do radar chinês constituía uma "ameaça de força", mas pediu um mecanismo que permita a comunicação entre as autoridades de defesa.

O governo da China acusou o Japão de querer "sujar" a imagem do país com a acusação do uso do sistema de radares para apontar contra um navio nipônico.

A porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, disse que o "Japão alimenta a crise e aumenta a tensão, sujando a imagem da China".

Na terça-feira, o embaixador chinês em Tóquio foi convocado mais uma vez pelo ministério das Relações Exteriores, um dia depois de uma incursão de navios chineses nas águas territoriais das ilhas Senkaku, administradas pelo Japão mas reivindicadas por Pequim, que as chama de ilhas Diaoyu.

O incidente do radar, que segundo o Japão aconteceu mês passado, foi o primeiro em que as Marinhas das duas nações se desafiaram em uma disputa que, segundo alguns analistas, poderia resultar em um conflito armado.

A situação é muito tensa no Mar de China Meridional, onde as duas potências asiáticas reivindicam a soberania do grupo de ilhas desabitadas.

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