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Japão prepara um segundo orçamento milionário para reconstrução

Novo orçamento pode chegar em US$ 24,845 bilhões para restaurar o país depois do terremoto de março

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, reconheceu que este segundo não terá remédio se não recorrer à emissão de bônus (Koichi Kamoshida/Getty Images)

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, reconheceu que este segundo não terá remédio se não recorrer à emissão de bônus (Koichi Kamoshida/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2011 às 06h14.

Tóquio - O Governo do Japão prepara um novo orçamento suplementar para a reconstrução e a ajuda às vítimas do desastre de 11 de março que pode chegar a 2 trilhões de ienes (US$ 24,845 bilhões), informou a agência local "Kyodo".

Fontes parlamentares indicaram à "Kyodo" que o secretário-geral do governante Partido Democrático (PD), Katsuya Okada, transmitiu nesta quarta-feira a vários partidos da oposição a possível quantia deste orçamento, considerado primordial para a assistência às zonas assoladas pela catástrofe.

Em maio, o Governo aprovou um primeiro orçamento extra de mais de 4 trilhões de ienes (US$ 49,69 bilhões) para a primeira fase da reconstrução após o terremoto, que além de deixar 23.210 mortos e desaparecidos, destruiu 70 mil casas e deixou danos milionários.

Para custear o primeiro orçamento extra não houve emissão de nova dívida, mas o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, reconheceu que para este segundo não haverá remédio se não recorrer à emissão de bônus.

A previsão é que o novo orçamento seja apresentado ao Parlamento (Dieta) no início do próximo mês, segundo a "Kyodo", embora para sua aprovação se faça necessário o apoio da oposição.

Tanto a oposição como algumas vozes dentro do PD pedem a renúncia imediata de Naoto Kan, que no início de junho superou uma moção de censura graças à sua promessa de deixar o cargo uma vez encaminhada a solução para a crise, mas sem dar uma data concreta.

O primeiro orçamento extra ficou centrado na reconstrução de povoados e no reparo de infraestrutura, além de financiar a retirada das toneladas de escombros em Iwate, Miyagi e Fukushima, as três províncias mais afetadas pela tragédia.

Também houve verba para assistir às vítimas, promover a atividade empresarial e fomentar o uso de geradores de energia diante dos problemas na provisão elétrica causados pelo tsunami.

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