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Japão pode elevar gravidade de crise nuclear para maior nível

País considera elevar de 5 para 7 o nível de gravidade da crise nuclear recente, o que a igualaria ao acidente de Chernobyl

Ativista do Greenpeace usa medidor Geiger para medir níveis de radioatividade perto de Fukushima (Christian Aslund/AFP)

Ativista do Greenpeace usa medidor Geiger para medir níveis de radioatividade perto de Fukushima (Christian Aslund/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2011 às 17h53.

Washington - O Japão está considerando elevar de 5 para 7 o nível de gravidade da crise nuclear na usina de Fukushima Daiichi, igualando-a ao acidente de 1986 no reator de Chernobyl, informou a agência de notícias Kyodo na terça-feira (horário local).

A Kyodo informou que a Comissão de Segurança Nuclear do governo estima que a quantidade de material radioativo que vazou dos reatores de Fukushima chegou ao máximo de 10.000 terabequerels por hora em um determinado ponto por diversas horas, o que classificaria o incidente como um grande acidente, de acordo com a escala internacional de intensidade Ines.

A escala elaborada pela Agência Internacional de Energia Atômica classifica os acidentes nucleares e radiológicos de 1 a 7.

O Japão já tinha classificado o acidente nos reatores operados pela Tokyo Electric Power Co (TEPCO), cujos engenheiros ainda tentam estabilizar a usina, como nível 5, o mesmo estabelecido no acidente de 1979 em Three Mile Island, nos EUA.

Em 11 de março, um terremoto de magnitude 9,0 seguido por um tsunami danificaram os reatores do complexo nuclear Fukushima Daiichi, que desde então tem sofrido com vazamentos radioativos.

Um porta-voz da Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão disse nesta terça que a classificação do acidente em Fukushima permanecia no nível 5 e que ele não tinha conhecimento de elevação do nível.

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