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Japão: novo governo toma posse diante do imperador Akihito

Gestão do novo premiê japonês tomou posse em cerimônia imperial

O novo Executivo de Noda tem diante de si o desafio de reconstruir o país depois da catástrofe de 11 de março (Toru Yamanaka/AFP)

O novo Executivo de Noda tem diante de si o desafio de reconstruir o país depois da catástrofe de 11 de março (Toru Yamanaka/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2011 às 06h22.

Tóquio - O novo governo do Japão assumiu formalmente o poder nesta sexta-feira em cerimônia no Palácio Imperial presidida pelo imperador Akihito, três dias depois de o Parlamento ter nomeado Yoshihiko Noda novo primeiro-ministro.

No meio do ritual protocolar, Noda e seus 17 ministros tomaram posse de seus cargos em substituição do Executivo de Naoto Kan, confirmaram à Agência Efe fontes da Casa Imperial.

Kan e seus ministros renunciaram em massa na última terça-feira, após meses de críticas por sua gestão na crise provocada pelo terremoto de março.

Com esta solene cerimônia diante do imperador Akihito, que em seus 22 anos de reinado viu 16 primeiros-ministros passarem pelo poder, já são três os chefes de governo do Partido Democrático (PD) desde que esta formação ganhou as eleições em agosto de 2009.

O novo Executivo de Noda tem diante de si o desafio de reconstruir o país depois da catástrofe de 11 de março, dar por concluída a crise nuclear na usina de Fukushima Daiichi e revitalizar as maltratadas contas da terceira maior economia mundial.

Com a maior dívida pública do mundo industrializado, que supera o Produto Interno Bruto em mais de duas vezes, uma persistente deflação e a valorização de sua divisa, que prejudica os exportadores, o novo primeiro-ministro se prepara para aplicar uma dura disciplina fiscal.

O novo governo manterá a linha marcada pelo anterior chefe do Executivo, Naoto Kan, com mudanças em quase todas as pastas - a exceção de quatro -, que agora terão como titulares uma mescla de políticos jovens e veteranos.

Noda nomeou Jun Azumi, de 49 anos e ex-jornalista, para a pasta mais exigente do governo, a de Finanças, desde a qual deverá promover as medidas necessárias para finalizar a reconstrução das zonas afetadas após a tragédia de 11 de março.

Koichiro Gemba, natural de Fukushima, uma das zonas mais afetadas pela crise de março, será o novo titular das Relações Exteriores, enquanto a Defesa ficará a cargo do veterano Yasuo Ichikawa. A última troca será no Ministério de Comércio e Indústria, que agora terá a liderança de outro dos parlamentares experientes do PD, Yoshio Hachiro.

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