Mundo

Japão não revisará pedido de desculpas por bordéis na guerra

Muitas mulheres foram forçadas a trabalhar em bordéis militares durante a Segunda Guerra Mundial


	O secretário-geral do governo japonês, Yoshihide Suga: "(O governo) vai examinar a declaração, mas não iremos revê-la", disse a jornalistas
 (Yoshikazu Tsuno/AFP)

O secretário-geral do governo japonês, Yoshihide Suga: "(O governo) vai examinar a declaração, mas não iremos revê-la", disse a jornalistas (Yoshikazu Tsuno/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2014 às 10h11.

Tóquio - O Japão não revisará nem repetirá o pedido de desculpas feito em 1993 a mulheres, muitas delas coreanas, que foram forçadas a trabalhar em bordéis militares durante a Segunda Guerra Mundial, disse o principal porta-voz do governo japonês na segunda-feira.

"(O governo) vai examinar a declaração, mas não iremos revê-la", disse o chefe de gabinete do governo, Yoshihide Suga, a jornalistas.

Ele também negou que o governo cogite emitir uma nova declaração a respeito das "mulheres de conforto", como são conhecidas as mulheres coagidas à prostituição durante o período bélico, conforme havia sugerido no fim de semana Koichi Hagiuda, assessor graduado do primeiro-ministro Shinzo Abe.

A agência de notícias Kyodo e outros meios de comunicação japoneses informaram no fim de semana que Hagiuda sugeriu que o Japão divulgasse uma nova declaração sobre as "mulheres de conforto" caso uma revisão dos procedimentos que levaram ao pedido de desculpas do governo revelassem fatos novos.

Neste mês, Abe disse que o Japão não revisará o pedido de desculpas, pelo qual o governo reconhecia o envolvimento das autoridades de Tóquio em coagir mulheres a trabalharem em bordéis militares - algo que muitos conservadores japoneses contestam.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaGuerrasJapãoMulheresPaíses ricos

Mais de Mundo

Califórnia promete intervir se Trump eliminar incentivos fiscais a veículos elétricos

Trump diz que taxará produtos do México e Canadá assim que assumir a presidência

Mais de R$ 4,3 mil por pessoa: Margem Equatorial já aumenta pib per capita do Suriname

Nicarágua multará e fechará empresas que aplicarem sanções internacionais