Mundo

Japão lembra aniversário de tsunami com minuto de silêncio

Nos diversos atos realizados por todo o país, foi reservado um minuto de silêncio às 14h46 locais, o momento exato em que foi registrado o terremoto


	Minuto de silêncio: "O Japão tem uma natureza bela, mas que ao mesmo tempo pode ter seu lado perigoso"
 (Kyodo / Reuters)

Minuto de silêncio: "O Japão tem uma natureza bela, mas que ao mesmo tempo pode ter seu lado perigoso" (Kyodo / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2016 às 08h13.

Tóquio - O Japão lembrou nesta sexta-feira com um minuto de silêncio o terremoto e o tsunami ocorridos há cinco anos, que deixaram mais de 18 mil mortos e desaparecidos no nordeste do país e provocaram o acidente nuclear da central de Fukushima.

Nos diversos atos realizados por todo o país, foi reservado um minuto de silêncio às 14h46 locais (2h46 de Brasília), o momento exato em que foi registrado o terremoto de magnitude 9 na escala Richter que desencadeou a tragédia de 11 de março de 2011.

O Teatro Nacional de Tóquio acolheu uma cerimônia oficial da qual participaram o imperador Akihito, o primeiro-ministro Shinzo Abe, e familiares das vítimas da tragédia.

"Não poderemos esquecer essas impactantes imagens de televisão em que podíamos ver uma onda percorrendo Sendai (nordeste) como um muro negro", disse o imperador durante seu discurso.

Akihito expressou seu profundo pesar aos entes queridos dos falecidos, e manifestou sua "dor" por "todas aquelas pessoas que ainda não puderam retornar a seus lares" após serem retiradas pelos efeitos do tsunami e do acidente nuclear.

"Nesta situação tão difícil, muitos voluntários estão trabalhando para assistir as vítimas, junto ao governo e autoridades locais", destacou o imperador, que também fez questão de agradecer "a grande ajuda oferecida por mais de 160 países e organizações internacionais" após a catástrofe.

"O Japão tem uma natureza bela, mas que ao mesmo tempo pode ter seu lado perigoso. Espero que saibamos aprender esta lição após a realização de um grande sacrifício, e que o povo japonês mantenha sua coragem diante dos desastres", acrescentou Akihito.

"Sinto que o desastre ainda prossegue", afirmou, por sua vez, o premiê Shinzo Abe, para quem "pouco a pouco se avança na recuperação das áreas atingidas".

O líder conservador acrescentou que o governo "seguirá fazendo esforços por apoiar as comunidades locais, e para conseguir reconstruir a economia" dessas áreas.

A cerimônia realizada no Teatro Nacional de Tóquio também contou com a presença de outros representantes políticos do Executivo japonês e das três províncias mais afetadas pelos desastres (Miyagi, Iwate e Fukushima), além de delegações internacionais e familiares das vítimas.

O minuto de silêncio se repetiu em diferentes pontos de todo o país, onde as pessoas ofereceram flores às vítimas em lugares simbólicos de algumas das cidades que foram arrasadas pelo tsunami, como Ishinomaki e Minamisanriku.

Nas localidades litorâneas do nordeste do país também foi acionado o alarme de tsunami que soou naquele fatídico dia, alertando seus moradores da chegada de uma onda gigante que, em alguns pontos, alcançou 20 metros de altura.

O número oficial de mortos na tragédia chega a 15.894, enquanto outras 2.561 pessoas são consideradas desaparecidas, de acordo com os últimos dados divulgados pelas autoridades japonesas.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDesastres naturaisJapãoPaíses ricosTerremotosTsunami

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia