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Japão interromperá atividade de mais um reator nuclear neste sábado

Unidade é uma das 19 que permanecem em operação no Japão depois do terremoto

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2011 às 10h51.

Tóquio - A Kansai Electric Power Company (Kepco), operadora da usina nuclear japonesa de Ohi, anunciou neste sábado que interromperá temporariamente as atividades da unidade 1 da central para reparar um problema técnico, pelo que apenas 18 reatores seguirão em funcionamento no Japão e reduzirá ainda mais a provisão elétrica no país.

A unidade, que será paralisada manualmente por volta das 21h locais (9h de Brasília) e para a qual não se deu uma data de reativação, é uma das 19 que permanecem em operação no Japão depois que o terremoto e o tsunami de 11 de março danificaram seriamente a central de Fukushima, informou a cadeia "NHK".

A Kepco indicou que a medida complica ainda mais a situação da provisão elétrica no Japão, mas que decidiu levá-la a cabo depois que na noite de ontem o sistema que injeta água para refrigerar o reator registrou uma perda de pressão.

Apesar da pressão ter se estabilizado uma hora depois e de a Agência de Segurança Nuclear indicar que o problema técnico não representa uma ameaça para os arredores da usina, a companhia decidiu paralisar a unidade para revisá-la.

Além disso, na próxima semana a Kepco interromperá temporariamente o reator 4 da usina de Takahama e também o 4 de Ohi, com o que ficarão operacionais apenas 16 das 54 unidades do Japão, um país que antes da crise nuclear obtinha 30% de sua energia a partir da fissão atômica.

A maior parte dos municípios que abrigam os reatores paralisados por revisões rotineiras ou por precaução após o desastre de 11 de março e o início da crise em Fukushima, se opõe a sua reativação até que sua segurança seja garantida.

Por isso, o Governo japonês anunciou em 11 de julho que condicionará a reabertura dos reatores paralisados a testes de resistência que permitirão avaliar sua capacidade de resistir a desastres naturais de grande magnitude.

O Executivo e as elétricas pediram a empresas e cidadãos que economizem 15% de eletricidade durante o verão, a época de maior consumo.

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